Com pesca e solte no Pantanal de Corumbá, 750 toneladas de peixes deixam de ser retirados dos rios

Assessoria de Imprensa da ACERT

A campanha lançada a partir de 2019 pelos associados da ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo) de incentivo ao pesque e solte no Pantanal de Mato Grosso do Sul, na temporada que vigora de 1º de fevereiro a 5 de novembro – que de imediato ganhou a adesão da maioria dos pescadores esportivos -, hoje tem um impacto positivo na manutenção do estoque pesqueiro no Rio Paraguai e afluentes.


Um levantamento preliminar realizado pela entidade, que congrega as empresas que operam barcos hotéis e hotéis pesqueiros em Corumbá, aponta que 750 toneladas de peixes (225 mil exemplares adultos) deixaram de ser capturados e transportados durante a temporada de pesca esportiva no ano passado, com base na cota permitida por lei (um exemplar de qualquer tamanho e cinco piranhas).
Para chegar a esse volume significativo de pescado não retirado do Rio Paraguai, a ACERT estimou o total de clientes de seus associados (25 mil pescadores esportivos) em 40 semanas de pesca em 2022, os quais teriam direito a levar um exemplar adulto (média de dez quilos) e cinco piranhas (média de cinco quilos), totalizando 375 mil quilos. A lei permite ainda a captura de peixes exóticos e a estatística considerou três exemplares (média de cinco quilos cada), perfazendo mais 375 mil quilos.


Referência
Para a ACERT, essa mudança de consciência do pescador esportivo que vem ao Pantanal se deve a atitude dos empresários que atuam no segmento de estimular a prática de uma pesca sustentável e não predatória. Esse comprometimento do setor contribuiu para a mudança na legislação, que ampliou a temporada da pesca no Rio Paraguai, onde é permitido o pesque e solte a partir de 1º de fevereiro.
“Corumbá não é apenas o principal destino da pesca esportiva, mas é uma referência na preservação dos nossos rios. Fomos o primeiro município a proibir a pesca do dourado e hoje nossos clientes vêm ao Pantanal pelo prazer de pescar e conviver com a natureza”, afirma Luiz Martins, presidente da associação.
A prática do pesque e solte no Pantanal, além de beneficiar o estoque pesqueiro, também favorece o pescador profissional, que teve sua cota mensal mantida pela legislação. Quando o pescador quer levar um peixe para casa, é orientado pelos operadores de barcos hotéis e hotéis pesqueiros a compra-lo nos pontos de venda, diretamente do pescador profissional, com nota fiscal e origem.
“Estamos estimulando o comércio legal e gerando renda”, destaca Martins.

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