Atrativos de Bonito e Jardim associados ao BCVB são modelos em segurança no turismo de aventura

Cinco atrativos de Bonito e Jardim associados ao Bonito Convention & Visitors Bureau, entidade que faz a gestão da Rota Pantanal-Bonito, operam com certificação de segurança expedida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). São eles: Parque Ecológico Rio Formoso, Abismo Anhumas, Buraco das Araras, Recanto Ecológico Rio da Prata e Estância Mimosa.

Implementar as normas técnicas é uma questão de cultura da melhoria contínua dos serviços, vital para os negócios no Brasil, sobretudo no turismo de aventura, segundo a ABNT. A implementação das normas acaba sendo um diferencial dentro do setor e na prestação de serviços, uma vez que os turistas também buscam empresas sérias e de acordo com a lei.

“Considerado destino de aventura seguro, é fundamental que os atrativos de Bonito tenham essa certificação, além do mais é um diferencial competitivo”, afirma Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo de MS (Fundtur). “Temos agora a questão da sustentabilidade, o próximo passo dos atrativos é desenvolver ações com base na certificação do carbono neutro”.

Norma pioneira

Segundo o turismólogo, a certificação da ABNT reflete não só a segurança nas atividades, “mas o cuidado e a transparência com quem nos visita e com nossos destinos se tornando um diferencial que nos direciona rumo à inovação e à melhoria contínua dos serviços. Nos orgulhamos em dizer que diversão e segurança caminham juntas em nosso principal destino”.

O Sistema de Gestão da Segurança (SGS) implantado pelos atrativos de Bonito e Jardim corresponde a ABNT NBR ISO 21101, uma das 41 normas técnicas brasileiras vigentes e disponíveis – sendo 17 internacionais – considerada a mais importante e obrigatória, já que é a aplicada em qualquer atividade que seja oferecida no turismo de aventura.

O ISO 21101/2014 é uma norma pioneira do Brasil, a base no processo de avaliação e análise de riscos das atividades de turismo de aventura. Colabora para a prevenção de incidentes, atua em casos de planos de ação de emergência e em todas as etapas para a gestão da segurança das pessoas envolvidas nas operações turísticas, incluindo os clientes/turistas.

Fé pública

Para o diretor-executivo do Parque Ecológico Rio Formoso, Bruno Leite Miranda, 42, a implantação do SGS vai muito além da segurança, ao envolver questões de governança corporativa, transparência, sustentabilidade e equidade. “É um processo muito bem definido, a fé pública do atrativo, traz melhorias práticas para o nosso negócio”, define.

A preocupação do atrativo com a segurança do turista é antiga, começou bem antes (2012) da norma técnica, e a primeira certificação foi na atividade de arvorismo. Em 2018, o parque recebeu o ISO 21101 nas demais modalidades oferecidas ao turista: boia cross, stand up, caiaque, cavalgada, caminhada, snorkling (flutuação) e tirolesa aquática.

Localizados em Jardim e Bonito, o Recanto Ecológico Rio da Prata e a Estância Mimosa foram os primeiros atrativos de aventura no Brasil a receber a certificação SGS nas modalidades de caminhada, flutuação e banho de cachoeira, em 2008, através Programa Aventura Segura da Associação Brasileira de Ecoturismo e Turismo de Aventura – ABETA.

Referências

Para Luiza Coelho, diretora de Sustentabilidade, “manter nossos SGS certificados por longos anos demonstra o respeito e comprometimento pelos nossos visitantes, nosso destino e nossa equipe”. Uma das diretrizes de sustentabilidade do Grupo Rio da Prata é promover a conduta consciente em ambientes naturais, por meio de atividades de baixo impacto ambiental.

O processo de certificação do Buraco das Araras, em Jardim, também teve início em 2008, com a adesão ao Programa Aventura Segura, do Ministério do Meio Ambiente. Hoje, o atrativo opera com o Sistema de Gestão de Segurança nas atividades de caminhada, em uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), e contemplação de uma dolina e observação de aves.

O Abismo Anhumas, em Bonito, também trabalha dentro das normas de segurança estabelecidas pelo ISO 21101, mas com uma particularidade: oferece seguro para acidentes pessoais. Antes mesmo da regulamentação do SGS no turismo de aventura, o atrativo já adotava, em 2.000, uma série de procedimentos, que se tornaram referência internacional.

Veja também
plugins premium WordPress