Mato Grosso do Sul confirmou mais 988 novos casos do novo coronavírus. Dados consolidados das últimas 24 horas e apresentados nesta quarta-feira (19) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram o avanço da doença no Estado. Novamente Campo Grande se destaca com 507 novos infectados, seguida de Corumbá com 65, Dourados com 61, Miranda com 56 e Nioaque com 39.
Utilizada para se obter um número mais próximo da realidade, a média móvel de casos confirmados de Covid-19 nos últimos 7 dias é de 839 casos por dia. O indicador aponta que no mesmo período, Campo Grande confirmou 435 casos por dia.
Os dados oficiais também acrescentaram 11 novas mortes em decorrência do novo coronavírus, sendo três em Campo Grande e dois em Rio Verde de Mato Grosso. Os municípios de Miranda, Rio Brilhante, Naviraí, Cassilândia, Corumbá e Guia Lopes da Laguna registraram um óbito cada. Apenas um deles não tinha nada relatado, os demais tinham fatores de risco e comorbidades.
Desde o início da pandemia, Mato Grosso do Sul já confirmou 668 vidas perdidas em decorrência de complicações causadas pelo vírus. A taxa de letalidade está em 1,7%, e a maior alta vem sendo registrada no mês de agosto que contabiliza 258 mortes. No cálculo da média móvel foram 14,1 óbitos por dia na última semana.
Campo Grande detém 38% do total de óbitos registrados no Estado com 254 até o momento. A média móvel da última semana indica 6,1 por dia. Só em agosto, foram 110 vidas perdidas para a Covid.
Isolamento social
A taxa média de pessoas que ficaram em suas casas nesta terça-feira (18) em Mato Grosso do Sul foi de 36,5%. Com esse índice, o Estado voltou a ficar entre as cinco unidades da federação com piores índices do País. Com registro de 35,2% Campo Grande se manteve com o terceiro pior índice entre as capitais brasileiras.
Nos municípios sul-mato-grossenses as taxas de distanciamento social mapeadas para o dia variam entre 25,6% registrado em Alcinópolis a 53,8% em Taquarussu.
Lacen já processou 70 mil exames RT-PCR
Conduzida pela secretária-adjunta da SES, Christine Maymone, a live desta quarta-feira (19) teve a participação do diretor do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Luiz Henrique Ferraz Demarchi que fez um balanço do trabalho que vem sendo realizado pela instituição desde o início da pandemia.
Laboratório de referência no Estado, o Lacen tem feito e compartilhado todos os testes de biologia molecular o RT-PCR considerado o teste padrão ouro no diagnóstico da Covid-19. “Do dia 16 de março até ontem (18) foram 70 mil exames no Lacen e os parceiros que fazem parte da rede implantada aqui no Estado e por laboratórios de outros estados para realização de diagnóstico de Covid-19”, afirmou.
Ele destacou a aquisição do equipamento de última geração que permite a extração de aproximadamente 96 amostras a cada duas horas de trabalho, agilizando a entrega de resultados em menor tempo e falou de outras medidas de enfrentamento. “O Estado também fez a contratação de profissionais para atuar nas bancadas da biologia molecular, a gente fez regime de trabalho 24 horas, trabalhando feriados e finais de semana. Tudo isso para minimizar os efeitos da Covid-19 e garantir o sucesso nas ações de vigilância em saúde”.
A adjunta da saúde reforçou que dos casos confirmados no Estado 52,2% foram por esse tipo de diagnostico que o Lacen faz a biologia molecular, e explicou o período em que ele é indicado. “Esse tipo de exame só de faz até o 7° dia de início dos sintomas. A partir do 8° é outro tipo de exame. Por isso é importante que a partir do início dos sintomas que você procure a unidade de saúde mais próxima para que melhor orientação”, recomendou.