Devido ao aumento significativo dos casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, o Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul publicou um alerta à população sul-mato-grossense para que sigam de forma mais rígida, as regras de biossegurança para evitar o contágio e proliferação da doença.
O texto cita o crescimento da doença no Estado, e também o alerta feito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), no último dia 20 de novembro, para Campo Grande. Lá, vários leitos hospitalares foram reativados e a prefeitura decretou o toque de recolher entre 0h e 5h.
“A SES alerta que a semana epidemiológica 47, que começou no domingo [15/11/2020], apresenta um aumento expressivo de casos SRAG/COVID em Campo Grande, além do aumento de internações, motivo pelo qual conclama à população e ao comércio em geral para a necessidade de atender e reforçar as medidas de prevenção e contenção à Covid-19”.
Na terça-feira (24), a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) publicou um estudo matemático desenvolvido pela instituição para monitoramento da expansão da Covid-19 na capital, informando que, após período de estabilização da situação pandêmica, houve um aumento da média móvel em 46,40%, sendo esse valor acima da projeção anterior, fato que, “deve ser visto com muita preocupação, pois indica um possível início de um novo cenário de crescimento da doença”.
O estudo concluiu destacando a importância de a “população continuar seguindo as orientações de especialistas da área da saúde para se manter o isolamento social sempre que possível”, pois “somente desta maneira evitaremos o início de um novo período de crescimento do número de casos da doença”.
Em complemento a esses números, que demonstram crescente incidência da doença em MS, deve-se considerar que, embora o Estado tenha conseguido manter número de leitos suficiente para atendimento da população, há escassez de recursos humanos e anestésicos para intubação dos doentes em unidade de terapia intensiva (UTI), fato que pode gerar a morte.
O MPE continua adotando medidas judiciais e extrajudiciais para garantir o atendimento adequado das pessoas em todas as frentes, mas, diante do quadro atual, é essencial que haja adesão da população às medidas de biossegurança indicadas pelas autoridades sanitárias, especialmente quanto ao distanciamento social e ao uso de máscaras, para que o sistema de saúde não entre em colapso e não haja prejuízo ao atendimento digno dos doentes.