O movimento de paralisação dos servidores do Hospital Regional José Simone Netto em Ponta Porã, iniciado na manhã desta quinta-feira (27), agrava ainda mais a situação da saúde pública na região de fronteira com o Paraguai.
Superlotado desde 2020 no início da pandemia do Covid 19, o HR é referência de atendimento médico em várias especialidades e para lá são enviados pacientes de diversos municípios da região e até do Paraguai.
Em Pedro Juan Caballero o Hospital Regional local e o IPS outro hospital público da capital do Departamento de Amambay também enfrentam superlotação e como cidades gêmeas é comum que os chamados “brasiguaios” busquem auxílio médico onde há vaga disponível, o que não acontece no momento.
Recentemente em um encontro com autoridades em Brasília, o prefeito Hélio Peluffo de Ponta Porã e de outras cidades brasileiras que fazem fronteira com outros países, cobraram uma solução para o problema. “Isso transcende o aspecto de fronteiras e saúde pública e passa a ser uma questão humanitária, agravada ainda mais pela pandemia do Coronavírus, o Governo Federal precisa nos ajudar a encontrar uma saída urgente”, disse Peluffo.
O movimento é pacifico e ainda não chega a prejudicar o atendimento, mas deve sobrecarregar os postos de saúde do município.
Em entrevista ao Jornalista Jovilson Gimenez, presidente do sindicato da categoria no mato grosso do Sul Lázaro Santana, disse que muitos servidores estão doentes e afastados do trabalho devido a carga horária excessiva nos últimos meses e que esperam uma solução rápida para o problema. Eles pedem reajuste salarial e o aumento no número de servidores para aliviar a carga de trabalho dos poucos profissionais que fazem o atendimento no momento e cobram também melhoria na qualidade de condições de trabalho.
Em alguns setores a paralização é de 100 por cento já na urgência e emergência e setor covid houve uma redução do atendimento.