Doenças reumáticas são um grupo de condições que afetam as articulações, músculos, ossos e tecidos moles. Embora algumas doenças reumáticas tenham uma origem autoimune, como a artrite reumatoide; outras, como a osteoartrite, resultam do desgaste natural das articulações.
30 de outubro é o Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo, doença que afeta milhões de pessoas no mundo todo. São mais de 100 doenças reumáticas conhecidas pela medicina, sendo as mais comuns osteoartrites (artrose), fibromialgia, osteoporose, gota, tendinite, bursite, febre reumática, artrite reumatoide, lúpus, entre outras.
Independente de raça ou gênero, essas patologias podem acometer qualquer pessoa, sendo causadas por fatores genéticos, traumas, obesidade, sedentarismo e estresse, entre outros. Vale lembrar que esse grupo de patologias não é contagioso, e embora não seja muito caracterizado pela dor, os sintomas vão além, conforme explica o médico e coordenador do curso de Medicina da Faculdade Uniderp, José Scalise. “Doenças reumáticas não são marcadas apenas pela dor. Elas podem afetar órgãos internos, como coração, pulmões e até a pele, além das articulações. Quanto mais cedo o paciente procura ajuda, melhor. Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem prevenir deformidades e complicações”, esclarece.
O médico destaca que, embora sejam mais comuns em pessoas mais velhas, doenças reumáticas, como artrite idiopática juvenil e lúpus, podem atingir crianças e jovens adultos e que com acompanhamento médico, mudanças no estilo de vida e tratamentos modernos, é possível controlar os sintomas e ter uma vida de qualidade. Ele ainda lista quais passos auxiliam na redução dos sintomas de quem sofre com doenças reumáticas:
Alimentação: Linhaça, chia, alecrim, orégano e espinafre são alguns dos alimentos que ajudam a minimizar os sintomas da doença, já que são antioxidante e reduzem o estresse oxidativo associado a condições inflamatórias, além de alguns serem fontes de ácidos graxos ômega-3 ou ricos em nutrientes como vitamina K, que desempenha um papel fundamental na saúde dos ossos.
Atividade física: Praticar exercício de baixo impacto, como natação, caminhada e ioga pode ajudar a fortalecer os músculos, melhorando a flexibilidade das articulações.
Controle emocional: O estresse pode desencadear ou piorar os sintomas de reumatismo. É preciso encontrar alternativas que produzam relaxamento e fugir de situações que provoquem nervosismo e preocupações excessivas.
Fisioterapia: O acompanhamento feito por um fisioterapeuta pode acontecer por meio de um programa de exercícios personalizados, melhorando a amplitude dos movimentos e ensinando técnicas de alongamento. No frio, os músculos tendem a se retrair e ficar menos elásticos. Por isso, ao esticar o músculo a dor se torna presente devido à inatividade do músculo. O alongamento é um excelente aliado nessa época.
Medicação: Em alguns casos, medicamentos prescritos por um médico podem ser necessários para controlar a dor, a inflamação e retardar a progressão do reumatismo.
Camila Crepaldi
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