A fronteira Ponta Porã x Pedro Juan Caballero já vive um momento delicado com os casos de Chikungunya que ‘explodiram’ no Paraguai, e que neste município já supera o total registrado durante todo o ano de 2022.
Para se ter uma ideia, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, de 1 de janeiro até agora, já são nove casos confirmados da doença em Ponta Porã, enquanto no ano passado inteiro foram quatro.
Do outro lado da rua, onde já é território paraguaio, o Ministério da Saúde daquele país confirma 9 mil confirmações de Chikungunya desde o começo de 2023.
Como Pedro Juan Caballero e Ponta Porã são praticamente uma cidade só, e juntas somam mais de 200 mil habitantes, a Saúde do município brasileiro emitiu um comunicado no fim de semana alertando para o possível risco de uma epidemia da doença, que ganha mais força neste período do ano em que as chuvas e o calor são mais intensos.
Para a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Ponta Porã, Renata Granci Carvalho, diante dessa “explosão de casos, que assusta, a tendência é aumentar”.
Em Ponta Porã as campanhas de orientação da população para não deixar água parada, olhar vasos de plantas, cobrir garras, pneus, caixa d’água, não acumular recipientes que proporcionam para a criação do mosquito Aedes Aegypti estão intensificadas. Além disso, a prefeitura tem realizado trabalhos de limpezas em terrenos baldios, por exemplo.
“Aqui em Ponta Porã nós estamos intensificando as campanhas, fazendo orientações, indo a várias casas e fazendo vários mutirões nos bairros. Com este aumento nos casos no Paraguai, vamos intensificar ainda mais nossa campanha aqui no município. Vamos planejar ações entre Brasil e Paraguai, também”, disse o secretário municipal de Saúde, Patrick Derzi.