Brasil recebe 5,1 milhões de doses em remessa recorde da Pfizer

O Ministério da Saúde anunciou a chegada de 5,1 milhões de doses de vacinas, no Brasil, para reforçar o Programa Nacional de Imunizações. Essa, que é a maior remessa da farmacêutica Pfizer/BioNTech, foi feita em quatro lotes, com desembarque pelo Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), ao longo de domingo (12). O primeiro voo trouxe 1,3 milhão de doses, ainda na madrugada. O segundo, com 1,1 milhão, aterrissou por volta das 10h30. Mais dois, com 1,1 milhão e 1,5 milhão, entraram no país no período da tarde.

Por meio de nota, a Saúde destacou que “as vacinas chegam para acelerar ainda mais a campanha de vacinação que já imunizou mais de 70 milhões de brasileiros com as duas doses ou a vacina de dose única, ou seja, quase 44% da população adulta. Os reflexos da imunização da população aparecem nos dados epidemiológicos todos os dias. Na última semana, 23 estados estavam com ocupação de leitos abaixo de 50%”, destaca a nota do ministério.

O processo de distribuição, que já deu vários problemas, principalmente com São Paulo, começa com a liberação da carga pela Receita Federal, chamada “desembaraço”, feita de maneira excepcional, antes mesmo do pouso. “Imediatamente, os lotes são encaminhados para o Centro de Distribuição de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, que fica em Guarulhos (SP)”, informa o órgão.

Desabastecimento

Em meio à confusão com o desabastecimento para a aplicação da segunda e terceira doses (reforço para idosos), Rio de Janeiro e São Paulo lançam mão de alternativas. Na cidade paulista, o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou que vai usar a vacina da Pfizer para substituir a segunda dose da AstraZeneca, em pessoas que deveriam tomá-la entre 1º e 15 de setembro.

A Fundação Oswaldo Cruz informou que a entrega da AstraZeneca — que está atrasada pela falta de matéria-prima, o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que vem da China — deve ser normalizada na terça. Mesmo assim, no Rio — primeiro a adotar a combinação de imunizantes no país —, quem recebeu a primeira dose da AstraZeneca, quando procurarem os postos para a segunda dose, poderão tomar a Pfizer.

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