Aumento de casos de Covid-19 em MS destaca urgência na vacinação

O recente aumento de casos de Covid-19 em Mato Grosso do Sul reforça a importância de manter a vacinação em dia. Apesar das medidas preventivas, como o uso de máscaras e a higienização das mãos, a imunização continua sendo a principal estratégia de proteção. Dados do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgado nesta terça-feira (1/10), mostram que o Estado registrou 572 novos casos na última semana. Entre os municípios mais afetados, Campo Grande contabilizou 234 casos, Anastácio 118, e Dourados e Ponta Porã, com 26 cada.

Lívia Mello, gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES (Secretaria de Estado de Saúde), explica que, ao contrário de outros vírus respiratórios sazonais, como a Influenza, a Covid-19 apresenta circulação contínua ao longo do ano. “O controle da Covid-19 está diretamente ligado à imunização da população, especialmente com a frequência de novas variantes”, alerta. “Precisamos manter a vacinação atualizada e adotar as medidas necessárias para evitar um retrocesso no

Lívia também destacou a importância de não abandonar hábitos preventivos reforçados no auge da pandemia, como o uso de álcool em gel e o distanciamento de casos confirmados. “Embora esses cuidados tenham sido relaxados com o tempo, eles continuam sendo eficazes quando aliados à imunização”, afirmou.

Para a coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, o recente aumento de casos pode estar relacionado à queda na procura por doses de reforço com cepas atualizadas. “A falsa sensação de segurança entre aqueles que tomaram apenas uma ou duas doses, sem completar o esquema vacinal, pode facilitar a volta da circulação viral

Ana Paula reforça que idosos e pessoas com comorbidades continuam sendo o principal grupo de risco, devido à imunidade reduzida e à presença de doenças crônicas. Ela ressalta a necessidade de que esses grupos recebam doses periódicas da vacina, atualizadas para a cepa XBB.1.5, que protegem contra as variantes atuais do vírus.

De acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunizações), a vacina está disponível para crianças de 6 meses a 4 anos, conforme o calendário vacinal, além dos grupos prioritários, como pessoas com 5 anos ou mais que apresentam maior vulnerabilidade, incluindo trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, pessoas em situação de rua, entre outros.

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