A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) teve o projeto “Engenheiras das Águas na Fronteira” aprovado no edital 31/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltado para o programa “Mulheres na Ciência”, na linha de Projetos em Rede Regional.
O edital tem como objetivo apoiar iniciativas que contribuam significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico, promovendo a formação, permanência e ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação.
Coordenado pelas professoras Mariana Lara Menegazzo e Daniele Menezes Albuquerque, o projeto “Engenheiras das Águas na Fronteira” recebeu um investimento de R$ 883 mil e terá início ainda em 2024.
A iniciativa faz parte das ações do Projeto CDR – Centro de Desenvolvimento Rural: Rede de Soluções Sustentáveis e será desenvolvida em parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS). Com isso, busca transformar a realidade do Assentamento Itamarati, o maior de reforma agrária da América Latina, ampliando oportunidades para alunas e professoras da região.
Com foco na igualdade de gênero e no desenvolvimento sustentável, o projeto combina inovação, sustentabilidade e inclusão social, promovendo o empoderamento feminino nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Além disso, a proposta está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), fortalecendo a educação inclusiva e a ciência como ferramenta de transformação social.
PROTAGONISMO FEMININO NA PRÁTICA
Alunas e professoras das escolas do campo no Assentamento Itamarati, distrito do município de Ponta Porã (MS), terão papel central na implantação de um sistema de produção de peixes em tanques elevados. Com duração de três anos, o projeto oferecerá bolsas em diferentes modalidades, impactando diretamente 35 alunas de iniciação científica júnior (8º e 9º anos do ensino fundamental e ensino médio), 7 professoras, além de pesquisadoras e profissionais com bolsas de iniciação científica, divulgação científica e pós-doutorado. Essas bolsas são fundamentais para garantir a participação ativa e incentivar a continuidade dos estudos.
Por meio da instalação de tanques elevados, o projeto também prevê capacitações técnicas e científicas, além do desenvolvimento de materiais pedagógicos inovadores. A proposta visa não apenas encorajar meninas e mulheres a ingressarem em carreiras científicas, mas também fortalecer a piscicultura familiar no estado, fomentar a sucessão rural e promover o desenvolvimento sustentável da região.
“Este projeto é mais do que uma ação educativa; é um passo para transformar a realidade local e ampliar o protagonismo feminino na ciência e tecnologia”, destaca a coordenadora Mariana Menegazzo. Já a professora Daniele Albuquerque reforça: “É sobre abrir portas e oportunidades para fomentar a sustentabilidade e, principalmente, mostrar que a ciência pode e deve ser feita por todos, especialmente por mulheres”.
O projeto “Engenheiras das Águas na Fronteira” exemplifica como a ciência e a inovação podem ser ferramentas poderosas para transformar comunidades. O investimento de R$ 883 mil não apenas fomenta a inclusão social, mas também prepara uma nova geração de mulheres líderes nas áreas de ciências e engenharias, conectando educação, sustentabilidade e impacto social em uma única iniciativa.
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