Além da segurança e disponibilidade de serviços para quem trafega em veículos pela MS-306, a concessão da rodovia deve ter a preocupação com o meio ambiente. A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems), responsável pela fiscalização e garantia do cumprimento das obrigações do contrato, está analisando projeto da concessionária sobre a implantação de dispositivos subterrâneos que servem para a travessia de animais.
“São acessos que visam proteger a fauna durante a realização de obras e também na operação regular da rodovia”, explica o coordenador da Câmara Técnica de Rodovias, engenheiro Edson Alves Delgado. “É uma medida importante para evitar atropelamentos e acidentes e para restabelecer a conectividade funcional durante a recuperação da estrada e outras vias lineares”.
Desenvolvimento sustentável
Nesse tipo de intervenção, os modelos de construção podem ser galerias sob as pistas para que animais silvestres cruzem a via em trechos cercados por vegetação. Também podem ser aéreos, que passam por cima da via e fazem a conexão com as árvores para garantir a integridade das espécies.
O projeto apresentado pela concessionária Way 306 está em análise pela Câmara, unidade operacional da Diretoria de Rodovias. O planejamento contempla inicialmente duas passagens de fauna subterrâneas, a serem implantadas nos KM 147 + 160 e KM 210 +700, no trecho da MS-306 entre os municípios de Chapadão do Sul e Cassilândia.
Na região, câmeras de monitoramento já flagraram a passagem de animais em diferentes pontos, em situação que coloca em risco a segurança das próprias espécies e de motoristas, especialmente à noite. Em outra ocasião, equipe da concessionária também já prestou socorro a animais e encaminhou à Polícia Ambiental.
O diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis, destaca que o impacto dos investimentos em obras ou serviços de infraestrutura nos serviços regulados são uma preocupação permanente. “Mato Grosso do Sul é um Estado que valoriza o meio ambiente e por isso quer o desenvolvimento Sustentável, em todas as áreas. A preservação tem que andar ao lado da modernidade e da segurança”.