O prefeito de Ponta Porã Hélio Peluffo reagiu na noite desta terça-feira (23) ao pronunciamento do vereador Edevaldo Mattoso (PSDB) que horas ates durante a sessão do legislativo pontaporanense criticou as medidas contra o coronavírus contidas no decreto do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que foi chamado de ditador pelo companheiro de partido. “Precisamos ter cuidado na hora de votar, por que é nessa hora que parece o ditador. Estou fazendo do nosso governador”, disparou o vereador reclamando das medidas restritivas determinadas pelo governador.
Na fala de Mattoso sobrou até para os aposentados e funcionários públicos. Na ânsia de defender os comerciantes ele acusou os pensionistas de fazerem as denúncias contra aqueles que não obedecem as medidas impostas. “Esse que denuncia os comerciantes, é aquele aposentado, aquele que tem seu dinheiro garantido. É funcionário público como eu que tem o salário garantido”, disse o parlamentar.
Sem se preocupar com as milhares de mortes por Covid 19 ele tratou as perdas com desdém. “Morreu parente meu? Morreu, morreu. Pegou vou fazer o que? Se isolamos, mas pegou e ai? Pegou essa imundice, essa praga que tá no mundo. Precisamos ser inteligentes. Faz diferença fechar as oito ou as dez ou de dez para meia noite?
Edevaldo também criticou quem nas redes sociais contestou o comportamento dos líderes evangélicos durante a pandemia. “Você não acredita em Deus? Problema seu. Quando você morrer vai para o inferno. “Morrer é a melhor coisa. Eu não pedi para vir neste mundo. Você tem medo de morrer porque você não conhece Deus”, finalizou ele.
Em nota endereçada aos jornalistas, o prefeito Hélio Peluffo rebateu as críticas de Mattoso e lembrou que no momento do discurso negacionista do vereador, um outro parlamentar, Rony Lino lutava pela vida em um hospital da cidade.
Leia a nota:
No dia em que o Brasil bate o recorde de mortes por Covid-19, o vereador Edivaldo Matoso resolveu demonstrar ignorância, falta de amor ao próximo e fazer politicagem contra as medidas adotadas pelo governo do Estado, decretadas com o único propósito de preservar as vidas que o sistema de saúde não consegue mais atender.
Nem a gravidade do quadro de saúde do colega Rony Lino, serviu para gerar bom senso e humanidade nas palavras liberadas hoje.
Cada um tem o direito de se expressar, mas entendo que nessa hora quem tem mandato e responsabilidade pública deve pensar antes de abrir a boca.
Por atitudes negacionista e inconsequentes como a do vereador Matoso, muita gente tem morrido por falta de ar nas filas dos hospitais.
Perdeu a grande chance de ficar calado.
É o que penso.
Hélio Peluffo
A assessoria do governador Reinaldo Azambuja não fez nenhum pronunciamento sobre as críticas do vereador de Ponta Porã.