DOF bate recorde de apreensões durante a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas

Policiais Militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), em ações integradas com a Polícia Militar Rodoviária (PMR), o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) realizam bloqueios para fiscalização e patrulhamentos ostensivos na região de fronteira de Mato Grosso do Sul para o reforçar o enfrentamento ao tráfico de drogas, resultando somente nesta semana na apreensão de 11 toneladas de entorpecentes.

As operações policiais integradas ocorrem durante a 22ª Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas, organizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria de Operações Integradas (SEOPI) em parceria com o Ministério da Cidadania e apoiada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (SEJUSP/MS) nas ações da Operação Hórus.

O DOF fez a maior apreensão de drogas de toda a sua história, no dia 13 deste mês, no município de Iguatemi, onde foram apreendidas 20,1 toneladas de maconha.

O mês de junho deste ano está marcado pelo maior volume de apreensão de drogas de toda a história do DOF, para um único mês são 47,3 toneladas até o momento. Já quando se compara o período de Jan/Jun as marcas continuam expressivas foram 91,4 toneladas em 2020 contra 54,4 toneladas de drogas apreendidas no mesmo período do ano passado. Um aumento de 37 toneladas de drogas que representa um aumento de 40,4% no volume apreendido. A maconha e seus derivados ainda são as drogas de maior volume de apreensão pelo DOF representando, neste ano, mais de 97% das drogas apreendidas.

Para o Diretor do DOF, o Tenente-Coronel Wagner Ferreira da Silva “enfrentar o tráfico de entorpecentes representa um serviço do Estado de Mato Grosso do Sul à sociedade brasileira, pois interrompe um ciclo criminoso, descapitaliza o crime organizado e contribuiu, diretamente, na diminuição da violência urbana, uma vez que o tráfico de drogas aumenta o poder financeiro das organizações criminosas, por consequência, seu poderio bélico; induz à prática de roubo e furtos, principalmente, de veículos que são utilizados para o transporte de drogas e como moeda de troca, nos países vizinhos e grandes produtores de drogas”, conclui.

Estima-se, em média, que o DOF proporcionou ao crime organizado um prejuízo de mais de 102 milhões de reais. Deste valor, 96 milhões de reais com o entorpecente apreendido, mais seis milhões de reais nos 146 veículos apreendidos. De janeiro a junho deste ano 203 pessoas foram presas por Tráfico de Drogas, contra 180 no mesmo período do ano passado.

Fatores que contribuem para o aumento das apreensões no Estado: 1) a participação na Operação Hórus, integrante do Programa VIGIA, uma parceria do MJSP e da SEJUSP/MS, que ampliou a integração dos órgãos de segurança pública atuantes na fronteira; 2) o fechamento das fronteiras em razão da pandemia da COVID-19 no mês de março de 2020, com um possível represamento de cargas de entorpecentes; 4) emprego estratégico da inteligência policial, maximizando os resultados; e, 5) o emprego eficaz do efetivo policial militar em ações ostensivas; em barreiras sanitárias e pontos sensíveis, como resultado de um detalhado plano de ação operacional.

O DOF é reconhecido, nacionalmente, como uma modalidade policial especializada de combate e enfrentamento ao crime organizado na fronteira.

O combate ao crime organizado, na Fronteira do Brasil com o Paraguai e a Bolívia, faz frente às seguintes modalidades:a. Cavalo doido que é a desobediência à ordem de parada emanada pelo agente de segurança pública durante os bloqueios nas rodovias e estradas vicinais, onde o condutor do veículo coloca em risco as vidas dos policiais e usuários da via, seguindo em alta velocidade, não respeitando as placas de sinalização;b. Grandes cargas, onde toneladas de entorpecente transportadas em caminhões, normalmente, em meio à carga grãos e outros materiais dificuldade a localização do ilícito, bem como fazer o transbordo de carga para somente, depois, retirar o entorpecente para a pesagem;c. Mocó (esconderijos) são as diversas formas de ocultação do entorpecente, tais como: tanques de combustível, latarias do veículo, fundos falsos em caminhos, etc. Exige, por parte dos agentes de segurança, grande expertise e auxílio de habilidades especializadas para o êxito na localização das drogas;d. Depósitos e entrepostos em cidades ou propriedades rurais para posterior carregamento e distribuição da droga, preparação de mocós; e,e. Cadeia logística com o emprego de criminosos como batedores de estrada, mulas, preparação de veículos, mateiros ou olheiros, carregadores, compradores, donos das cargas (patrões), consórcios de drogas e intermediadores

Desde a sua criação, a atuação do DOF é marcada pela forte integração entre Polícia Militar e Civil. Atualmente a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) é a unidade-irmã e juntas realizam um trabalho pioneiro de integração e forte enfrentamento ao crime organizado nas fronteiras de Mato Grosso do Sul.Nesta sexta-feira (26/06) a Defron realiza, em mais uma das ações da 22ª Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas e no Dia Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Drogas a incineração de cerca de 20 toneladas de drogas.

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