Traficante que fornecia cocaína para Beira-Mar é extraditado

O traficante paraguaio Néstor Báez Alvarenga, de 57 anos, foi extraditado para o Brasil ontem (19), acusado dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Baez era um dos fornecedores de droga para a quadrilha do também traficante brasileiro Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Ele foi preso em setembro de 2018, em Assunção, capital do Paraguai, depois de sete anos sendo procurado pela polícia. Desde então ele estava detido na sede do Grupo Especializado da Polícia Nacional do Paraguai. Ontem, ele foi levado de helicóptero até a Ponte da Amizade, que liga Ciudad del Este (CDE) a Foz do Iguaçu (PR) onde foi entregue as autoridades brasileira.

Segundo o portal Capitan Bado, Alvarenga foi requisitado pela justiça do Brasil, diante dos desdobramento de um caso de tráfico de drogas ligado a altos dirigentes do Comando Vermelho. De acordo com investigações da justiça brasileira, Baez foi o responsável pelo envio de 1.748 quilos de cocaína que foi apreendida no Brasil.

Após esta apreensão, foi solicitada a captura internacional do mesmo. Com o mandado de prisão contra ele, Báez Alvarenga refugiou-se por vários anos na Bolívia, de onde continuou suas operações ligadas ao tráfico. Ele teria enviado grandes quantidades de drogas de avião para o norte do Paraguai, onde seus colaboradores levaram a mercadoria e a enviaram para o Brasil.

Depois de alguns anos, ele voltou ao Paraguai, passou algum tempo em Ciudad del Este, depois em Pedro Juan Caballero até se estabelecer em Assunção. De acordo com policiais paraguaios, até o início dos anos 2000, quando Beira-Mar foi preso na Colômbia, Báez Alvarenga dividia com a família Morel o fornecimento de drogas para a quadrilha do bandido carioca.

Os Morel forneciam maconha e Alvarenga a cocaína levada pelo Comando Vermelho para os morros cariocas. Quando foi preso em 20 de setembro de 2018, Néstor Báez Alvarenga morava em uma casa luxuosa no condomínio Alas Paraguayas, no bairro Hipódromo, região nobre de Assunção. Foram precisos vários dias de vigilância para descobrir o traficante na mansão.

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