Suspeito de agredir enteado diz que não estava em casa, mas rastreio de celular expõe contradição

O padrasto, de 24 anos, do menino de dois, internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica da Santa Casa de Campo Grande, foi desmentido pelo rastreio do celular feito pela polícia. Em depoimento à Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), ele disse que não estava em casa no dia em que a criança supostamente caiu de um degrau enquanto brincava com a irmã de quatro anos.

Como mostrado anteriormente, ele foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na terça-feira (30/1), caminhando na BR-262, em Terenos. Foi levado para a delegacia e depois de ser ouvido, acabou sendo liberado, já que não há mandado de prisão expedido e não estava em situação de flagrante.

Para a polícia, o rapaz contou que estava separado da mãe do menino há três semanas e que se conheceram há quatro meses. De acordo com o Midiamax, eles passaram a morar juntos há dois meses, mas devido a uma suposta traição que ele diz ter descoberto, se separou da mulher.

O suspeito ainda disse que no dia em que a criança foi socorrida machucada, ele estava à procura de emprego junto de sua mãe e afirma ter voltado para a casa onde estava morando. No momento que recebeu uma ligação da ex-companheira contando sobre o ocorrido, ele alegou que estava em uma praça na companhia de um amigo.

Ele nega que tenha agredido a criança e que estava em uma praça na região do bairro quando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para fazer o resgate. O suspeito negou que estava no local, mas duas testemunhas teriam o reconhecido e quando a polícia fez o rastreio do celular, o aparelho apontou que o suspeito estava na casa. Ele continuou negando e justificou afirmando que havia emprestado o celular para a mulher fazer a ligação.

Ainda conforme o site, o homem também disse na delegacia que a mulher ‘surtava’ com os filhos e vivia brigando na rua. Em relação ao menino, ele contou que era bem tranquilo, mas a irmã da vítima, de quatro anos, era bem ‘arteira’. Entretanto, ele confessou que fugiu, mas por medo, já que tinha um boletim de ocorrência registrado contra ele por violência doméstica.

Histórico policial

A reportagem do Midiamax publicou ainda que o indivíduo tem 25 passagens pela polícia que começaram quando ele ainda era adolescente, em 2015.

Os registros vão de ameaça, roubo na forma tentada, roubo majorado pelo concurso de pessoas, violência doméstica e já foi preso pela Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) em 2021. A passagem por violência doméstica é de agosto de 2023.

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