Senad desmonta “laboratório” droga VIP na fronteira

Uma investigação liderada pela Secretaria Nacional Antidroga do Paraguai (SENAD), Delegacia Regional de Pedro Juan Caballero, em parceria com agentes de Karapaí, desmantelou um dos maiores complexos de processamento de maconha no Paraguai.

O local produzia duas variedades da droga: “marroquina” e “gelo”, ambas com altos teores de THC (tetrahidrocanabinol), podendo chegar a 80% de concentração, muito acima dos níveis comuns encontrados no mercado ilegal.

Laboratório sofisticado e apreensões

Durante a operação, policiais identificaram o centro de distribuição da droga e se deslocaram até a zona rural, onde encontraram quatro acampamentos usados no processamento. No local, havia um hectare de cultivo ilegal e diversos equipamentos para refino e embalagem da maconha.

A ação resultou na prisão de Carmelo Benítez, de 52 anos, que fazia a segurança do laboratório. Além disso, foram apreendidos:

  • 110 cilindros com gás líquido usados no refino da droga,
  • 500 kg de maconha a granel,
  • 45 kg da variedade “marroquina”,
  • Balanças, freezers e ferramentas utilizadas no processamento.

Técnica perigosa e altamente lucrativa

A maconha “gelo” era produzida por meio da técnica BHO (Butane Hash Oil), um método que utiliza gás butano altamente inflamável para extrair a resina da maconha em temperaturas abaixo de zero. Após o resfriamento, o produto final passava por processos de aquecimento, resultando em um concentrado com potência extrema.

Esse tipo de maconha pode alcançar valores de até US$ 6.000 por quilo no Brasil, sendo um dos produtos mais caros do tráfico internacional.

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