Presos na operação ‘Rottweiler’ são autuados por tráfico de drogas

Os cinco homens presos durante a operação ‘Rottweiler’, realizada nessa segunda-feira (16/12)) pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em conjunto com o SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil, em Dourados, foram autuados em flagrante por tráfico de drogas.

A ação resultou na apreensão de duas toneladas de maconha e 62 quilos de skunk em um sítio localizado no assentamento Mutum, no município de Ribas do Rio Pardo.

Os presos foram identificados como Helder Stefanes de Azambuja (advogado), seu pai Heitor de Azambuja Junior (pecuarista), o comerciante de gado Valcir Moraes Eugênio, o caminhoneiro Edilson Souza Martins e Sérgio Antônio da Silva, funcionário de Heitor.

Conforme a polícia, Heitor e Valcir já tinham passagens por tráfico de drogas, enquanto Sérgio havia sido detido anteriormente por porte ilegal de arma, especificamente uma pistola nove milímetros. Os presos residem em diferentes locais: Valcir mora em Ponta Porã; Helder e Heitor, em Dourados, embora o pecuarista também tenha endereço em Ponta Porã; Sérgio vivia no sítio utilizado no esquema, e Edilson, no Mato Grosso.

O esquema utilizava dois caminhões: um Mercedes Benz 2213 azul, mais antigo, para transportar a droga da região de fronteira com o Paraguai, e um Mercedes Benz 1620 verde claro, mais novo, para enviar a carga ao estado de São Paulo. O transporte era feito por estradas de terra, com o sítio em Santa Rita do Pardo servindo como ponto estratégico por estar a menos de 90 quilômetros da divisa com o território paulista.

Prisões em flagrante

Helder e Sérgio foram presos no sítio onde o caminhão azul foi localizado, carregado com a droga. O veículo foi detectado pelo helicóptero do Núcleo de Operações Aéreas da PRF, e equipes terrestres efetuaram a apreensão. No local, também foram encontrados uma caminhonete Ford F250, com várias malas nos bancos traseiros, e outra caminhonete, uma Toyota Hilux pertencente a Heitor.

Durante o interrogatório, Helder e Sérgio indicaram a participação de outros três homens, que foram presos quando retornaram à propriedade em um segundo caminhão.

Investigação em andamento

De acordo com as investigações, o grupo já sofreu baixas significativas em suas operações, com pelo menos 15 integrantes presos nos últimos meses na região de Dourados. A necessidade de recompor a estrutura do esquema teria levado Heitor e Valcir, apontados como líderes, a assumirem pessoalmente a logística para envio das cargas a São Paulo.

Os cinco detidos foram encaminhados à sede do SIG em Dourados, onde foram autuados em flagrante. Eles aguardam audiência de custódia, que decidirá se permanecerão presos.

Nome da operação

O nome operação ‘Rottweiler’ foi escolhido em alusão ao uso de cães da raça pela organização criminosa para vigiar os locais onde os veículos eram armazenados.

Pecuarista Heitor de Azambuja Junior, conduzido à sede do SIG
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