A prefeitura de Ponta Porã instaurou processo administrativo e demitiu o vigia do Cemitério Municipal São Vicente de Paula, depois que sepulturas foram violadas e corpos furtados no último sábado (18/5). Entre os corpos, está o de uma adolescente, cuja cabeça foi encontrada na terça-feira (22/5), por investigadores da Polícia Civil no mencionado local, e o outro, trata-se de um bebê, que seja desparecido.
Fábio Cafarena, secretário de Governo do município, informou que o policiamento nos cemitérios públicos da cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, foi reforçado e já estão sendo adotadas medidas para melhorar a segurança, entre elas, “a instalação de concertinas no muro do cemitério São Vicente e também da implantação de um sistema de vigilância por meio de câmeras”, explica Cafarena.
O delegado de Polícia Civil, Maurício Moura Vargas, que também atua em Aral Moreira, disse que esse caso é ‘novo’ e que nunca se deparou com um crime dessa natureza.
Ele afirma ainda que enquanto está à frente do plantão da 1ª Delegacia de Ponta Porã, nada semelhante ocorreu, mas não é um caso que gerou choque, já que a fronteira com o Paraguai é conhecida por crimes violentos.
“Nunca havia acontecido aqui não, quem trabalha na fronteira não se choca com nada. Mas nunca tinha trabalhado num caso como essa situação”, disse.
Por se tratar de um crime pouco comum, identificar e localizar os suspeitos se torna uma desafio nas investigações que também contam com apoio do SIG (Setor de Investigações Gerais).
Prefeitura exonera vigia
Após o furto, a prefeitura exonerou o vigia do município, conforme publicação no Diário Oficial do município na última segunda-feira (20/5). Apesar disso, a administração nega que a exoneração tenha relação com o caso, embora haja uma apuração interna.
Relembre o caso
Os corpos do bebê e da adolescente, de 12 anos, foram furtados no sábado, mas só no domingo (20/5), por volta das 6h, quando o vigia chegou ao cemitério para trabalhar, percebeu o crime ao se deparar com três túmulos danificados.
A adolescente havia sido enterrada há 15 dias.
O agente então acionou a PM (Polícia Militar) e a Guarda Municipal, bem com a Polícia Civil que investiga o caso. Na delegacia, o caso foi registrado como destruição, subtração ou ocultação de cadáver.