A prefeita e candidata à reeleição de Jardim, Clediane Matzenbacher (PP), foi vítima de tentativa de homicídio no início da madrugada de domingo (29/9), quando dupla em uma moto passou atirando seis vezes na janela do quarto dela. As câmeras de segurança da casa registraram o momento da tentativa de homicídio contra o casal, que dormia a cerca de 50 centímetros do local alvejado.
“Acordamos com o barulho. Meu marido viu que a janela estava quebrada. Eu pedi para ele se abaixar enquanto ligava para a polícia. Achamos que era uma pedra, mas vimos nas câmeras que passaram atirando”, disse Clediane, conforme publicou o Campo Grande News.
As agendas de campanhas marcadas para ontem, foram canceladas e a prefeita solicitou escolta policial.
O caso é investigado como tentativa de homicídio e imagens de câmeras de segurança dos vizinhos serão analisadas. Segundo a prefeita, é de conhecimento geral na cidade que o quarto do casal fica no segundo piso do sobrado, com a janela voltada para a rua.
“Nunca tive problema com ninguém. Agora passou do limite o que aconteceu. O delegado afirmou que, se tivessem atirado 50 cm mais para baixo, o tiro teria me atingido. Fico pensando: se eu tivesse me levantado no primeiro barulho do tiro, poderia ter me atingido”, desabafou.
Sem saber a origem da ameaça ou ter recebido recados assumindo a autoria do crime, a candidata vai cobrar uma investigação rigorosa. O secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, disse que enviará reforço para apurar o caso. A senadora Tereza Cristina (PP) também avisou que solicitará o apoio da Polícia Federal.
Clediane afirmou que não desistirá da candidatura. “De jeito nenhum. Agora é que preciso mostrar nossa honestidade. Não é justo trabalhar, fazer uma campanha limpa, e passar por isso. Me senti impotente, sem poder fazer nada. Estou apavorada com medo do que podem tentar fazer de novo comigo e com meus filhos”, afirmou.
A prefeita chegou a contratar segurança particular na campanha da eleição passada. Ela é a primeira mulher eleita em Jardim, e lamentou que a tensão está aumentando nesta reta final da disputa, com prisão de cabo eleitoral e acusações. “O que me deixa mais revoltada é que, com os homens, não fazem nada. Sou a única mulher e a única ameaçada”.