Os cinco policiais penais que estavam presos temporariamente desde o dia 6 de janeiro , tiveram a prisão convertida em preventiva pelo Juiz da 2ª Vara Criminal de Ponta Porã. A prisão foi convertida após representação formulada pelas autoridades policiais do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).
As investigações desenvolvidas pelo DRACCO materializaram a existência de uma associação criminosa integrada por policiais penais envolvidos na prática de diversas infrações penais, tais como, concussão, corrupção passiva.
Durante a Operação foram apreendidos celulares, notebooks e computadores dos investigados, além de documentos e R$ 47.100,00 (quarenta e sete mil e cem reais) na residência de um dos autores.
Também foram apreendidos sete veículos em posse dos investigados que deverão demonstrar a origem lícita na aquisição. A polícia também ouviu na condição de testemunha vários servidores que trabalhavam na Unidade Penal Ricardo Brandão.
O nome da Operação La Catedral faz referência a Penitenciária “construída” na Colômbia pelo narcotraficante internacional Pablo Escobar que era cheia de luxos e mordomias.
O CASO:
A Polícia Civil do MS, por meio do DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), deflagrou na manhã de 06 de janeiro de 2022 a Operação denominada “LA CATEDRAL” em repressão qualificada a crimes de corrupção e correlatos.
Ao todo cinco policiais penais foram presos temporariamente e afastados cautelarmente de suas funções públicas por ordem judicial a pedido do DRACCO, bem como, 5 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Ponta Porã MS com arrecadações efetivadas junto aos imóveis dos servidores públicos, bem como, no Presídio Ricardo Brandão.
As ações foram acompanhadas pela Corregedoria-Geral da AGEPEN e tiveram apoio da Direção do Órgão Penitenciário, que desde o início das investigações, tem cooperado com DRACCO, sendo certo que para o desencadeamento da operação em campo, o DRACCO contou ainda com apoio das equipes policiais da 1ª e 2ª Delegacias de Ponta Porã.
As provas foram colhidas com apoio da Corregedoria da AGEPEN, resultando na apreensão de grande quantidade de bebida alcoólica no interior do presídio, celulares, drogas e dinheiro.
Também estão sendo apuradas às circunstâncias de fuga de dois internos, cujos indícios apontam envolvimento de funcionários públicos diante de recebimento de propina.
A apuração foi presidida em torno de, ao menos, 19 crimes, dentre eles, associação criminosa, concussão, corrupção passiva e corrupção ativa, bem como, diversas outras irregularidades,