O pai de uma criança de apenas um ano será investigado pela Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), após denúncia de que ele queria contratar garota de programa para abusar sexualmente da filha. O caso foi relatado pela profissional, 27 anos, na segunda-feira (25/11), e divulgado pelo Campo Grande News.
A proposta desesperadora chegou para a mulher através de um bate-papo online na noite de domingo (24/11). Na conversa, um homem que se identifica como pai de uma bebê diz que procura alguém para “brincar com a filha pequena”.
Decidida a entender o que estava acontecendo, a garota continuou a conversa e questionou a idade da menina. O pai respondeu apenas que ela era bem novinha e que se a mulher tivesse boa vontade, dava para fazer muita coisa, e então decidiram mudar para outro aplicativo de mensagens.
De acordo com a jovem, ela não denunciou o caso à polícia por não ter como ir até a delegacia no momento, mas afirmou estar desesperada com a conversa.
Os prints das conversas da mulher com o suspeito foram enviados para a delegada titular da Depca, Anne Karine Trevizan. A autoridade disse ter tomado conhecimento do fato somente após o envio dos arquivos e afirmou que irá investigar o caso, mesmo sem uma denúncia formal registrada na delegacia.
De acordo com o site da Capital, a mulher relatou que decidiu dar corda ao homem na intenção de descobrir ao menos seu nome e endereço para denunciá-lo à polícia, no entanto, não conseguiu descobrir muita coisa. No decorrer do diálogo, o suposto cliente chegou a enviar duas fotos das partes íntimas da criança e alegou que já havia “feito de tudo” com a pequena.
“Tinha uma babá que me ajudava. Depende mais de você mesmo. Dá para fazer muita coisa se você realmente tiver boa vontade. Por isso estou pagando bem”, diz o homem em uma das mensagens.
A conversa no aplicativo de mensagens foi iniciada por um QR Code, por isso, a mulher não teve acesso ao número de telefone do homem. Ela afirma que ele falou que morava na região do Bairro Jardim Veraneio e chegou a se oferecer para buscá-la quando ela questionou o endereço, mas por medo a jovem não insistiu no assunto.
“Se ele tivesse me passado o endereço, mas não consegui. Estou desde ontem só pensando nessa criança. Por isso entrei em contato com vocês. Ele queria me buscar para ir até ele, fiquei com medo. Acabei desistindo porque disse que estava especulando demais. Pode passar meu contato para a polícia”, finalizou a jovem.