Policiais federais foram para as ruas de Ponta Porã nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (13), onde cumpriram mandados de prisão e apreensão na segunda fase da Operação Strada de combate ao tráfico internacional de cocaína. São cinco mandados de prisão e também de sequestro de bens em nomes de traficantes e pessoas ligadas ao tráfico expedidos pela Justiça Federal de Ponta Porã.
Participaram da ação policial de hoje 16 policiais e todas as ordens foram cumpridas, resultando além das prisões, no sequestro de bens avaliados em R$ 1 mi e na apreensão de documentos, aparelhos celulares e R$ 24 mil em espécie.
Os presos na operação têm entre 19 e 48 anos e não tiveram seus nomes divulgados. Eles são acusados de trazerem a droga do Paraguai e transportar em compartimentos ocultos preparados nos veículos. O transporte contava com a atuação de “batedores”, que informavam sobre a existência de barreiras policiais no percurso. Por outro lado, a movimentação financeira dos criminosos envolvia a utilização de casas de câmbio sediadas em Pedro Juan Caballero e em contas bancárias em nome de laranjas.
Iniciadas em abril de 2019, as investigações apontaram o envolvimento da organização criminosa em diversos carregamentos de cocaína entre os meses de novembro de 2018 e abril de 2019 nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas gerais e São Paulo. Os traficantes investigados movimentaram quase 400 quilos do entorpecente que resultaram na prisão em flagrante de sete pessoas.
De acordo com a Polícia Federal o líder da organização era foragido da justiça e investigado desde 2015 na Operação Stinguer. Na época ele fugiu para o Paraguai onde obteve documentação falsa e de lá comandava a quadrilha.
A primeira fase da Operação Strada foi realizada em maio de 2019 quando foram cumpridos mandados de busca em imóveis vinculados ao grupo criminoso, nos quais foram apreendidos dezenas de aparelhos celulares, diversos veículos, joias, valores em espécie, armas e anotações com contabilidade do tráfico. Também foram localizados veículos com compartimento preparado para o transporte de drogas, “os mocós”. Na oportunidade o líder da organização foi preso com documentos falsos.
O nome Strada é uma referência ao modelo de veículo mais utilizado pelo grupo no transporte da cocaína.