Polícia Civil prende mãe e filha acusadas de aplicarem golpe ‘Boa noite, Cinderela’ em MS

A PC (Polícia Civil) prendeu mãe e filha que estavam foragidas após aplicarem o golpe ‘Boa noite, Cinderela’, em Campo Grande. No momento da detenção, os agentes apreenderam dois quilos de cocaína pura, além de medicamentos indutores de sono, maquinários e instrumentos destinados à preparação e transformação de drogas.

Na última quinta-feira (8/8), a Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), localizou e prendeu as duas autoras que integram um grupo criminoso que aplicava os golpes.

As prisões ocorreram durante a 2ª fase da operação batizada como ‘Boa Noite, Cinderela!’.

Mãe e filha, segundo a Polícia Civil, foram presas em uma casa alugada, no Bairro Jardim Monumento, na Capital, onde estavam escondidas desde 27 de julho.

A casa alugada pelas foragidas funcionava como uma espécie de ‘laboratório’ para armazenamento, manipulação e transformação de cocaína. Elas foram flagradas pelas equipes armazenando um tablete e quatro porções pesando 2,4 quilos da droga na sua forma pura, três outras porções totalizando 1,7 quilo de amido de milho utilizado para transformação de cocaína em quantidades maiores para distribuição, bem como uma prensa para moldar tabletes de cocaína, diversas formas de moldagem com alto relevo da imagem de um golfinho, duas balanças de precisão, peneira e bobinas adesivas.

Diante dos fatos, além do cumprimento dos mandos de prisão preventiva referentes às investigações pelo crime ‘Boa noite, Cinderela’, as suspeitas receberam voz de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, na modalidade armazenar, (art. 33) e do crime de guardar maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à preparação, produção ou transformação de drogas (art. 34).

O golpe

De acordo com a Polícia Civil, as mulheres já foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual e são rés por integrarem associação criminosa que assediava vítimas e as dopavam com bebidas ‘batizadas’, para, em seguida, serem roubadas. Com as vítimas incapacitadas e sem vontade própria, as criminosas obtinham as senhas de suas contas bancárias e realizavam transferências dos aplicativos instalados nos aparelhos celulares, bem como realizam compras.

Além disso, alguns dos homens foram atraídos para suas casas, de onde também foram subtraídos diversos bens como ares-condicionados, televisões, roupas e joias.

Até o momento, foram confirmadas três vítimas, sendo que uma delas teve prejuízo estimado em R$ 25 mil. Após a identificação dos integrantes da associação criminosa, a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos representou ao Poder Judiciário pela decretação das prisões preventivas, o que foi deferido integralmente pelo Juiz da 5º Vara Criminal da Capital.

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