A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (31), três mandados de prisão em Dourados dentro da operação “Caixa Forte” que foi desencadeada contra membros de uma organização criminosa. As investigações são para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados pelos integrantes dessas organizações e são cumpridos mandados dentro e fora dos presídios.
Ao são 37 alvos em 11 cidades do Mato Grosso do Sul com 85 mandados de prisão que estão sendo cumpridos desde as seis horas da manhã. Em todo o Brasil estão sendo cumpridos 422 Mandados de Prisão Preventiva e 201 Mandados de Busca e Apreensão em 19 Estados da Federação e no Distrito Federal, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões, expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG).
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.
Os trabalhos de Polícia Judiciária são coordenados pelo delegados Murillo Ribeiro da Polícia Civil de Minas Gerais e pelo delegado da PF Alexsander Castro de Oliveira, O delegado Murillo Ribeiro, explicou que os dados obtidos na Operação Caixa Forte 1 revelaram que os valores resultantes do comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção. “A Fase 1 identificou os responsáveis pelo ‘Setor do Progresso’ do PCC, com atuação no tráfico de drogas e consequente lavagem de dinheiro. O dinheiro obtido era enviado, inclusive, para as contas do ‘Setor da Ajuda’, responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios”, explicou.
A investigação identificou 210 integrantes do alto escalão do PCC recolhidos em Presídios Federais. “Eles recebiam valores mensais da facção por terem ocupado cargos de destaque na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, assassinatos de servidores públicos”, detalhou Murillo Ribeiro.
Para o delegado da PF, Alexsander Oliveira, os integrantes da facção acreditavam que eram capazes de ludibriar até o Poder Judiciário. “Com o objetivo de garantir o recebimento do ‘auxílio’ do PCC, os criminosos indicavam contas de pessoas que não pertencem à facção para que os valores, resultantes das atividades ilícitas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal”, afirmou. “Esta é a maior operação policial da história contra a facção, sendo cumpridas mais de 876 ordens judiciais- entre prisões, buscas e sequestro de valores -simultaneamente, em mais de 90 cidades brasileiras. O objetivo é desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças”, concluiu o delegado Murillo Ribeiro.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas podem chegar a 28 anos de prisão.