Depois de um longo trabalho de investigação que contou com a participação de A investigação do Centro Integrado de Operações de Fronteira de Foz do Iguaçu (PR), da Receita Federal do Brasil, por meio do Núcleo de Pesquisa e Investigação de Campo Grande, da Agência Nacional de Aviação Civil da Polícia Nacional Paraguaia e do Ministério Público daquele país, a Polícia Federal deflagrou nesta manhã a Operação Cavok de combate ao tráfico internacional de drogas.
Sediada em Ponta Porã, o objetivo da ação é desarticular economicamente uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas atuante na fronteira entre os dois países e utilizam de pequenas aeronaves para fazer o transporte da droga e movimenta milhões de reais com a atividade.
Cerca de cento e dez policiais federais participam da operação, que conta com o apoio do SAEG – Serviço Aéreo do Estado de Goiás, da Polícia Militar de Goiá e da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (DECO) da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, para o cumprimento de vinte e um mandados de busca e apreensão. Foram cumpridos também dois mandados de prisão preventiva, um em Goiânia e um em Ponta Porã, onde ainda foi efetuada uma prisão em flagrante por posse de arma.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Ponta Porã e englobam ainda o sequestro de 23 aeronaves de pequeno porte, as quais eram utilizadas pelo grupo para o transporte das drogas a partir dos países vizinhos, além de três imóveis rurais e um de apartamento de luxo, todos localizados no estado de Goiás e se encontram avaliados em aproximadamente R$ 40 milhões.
Segundo a Polícia Federal, durante as investigações no dia 24 de novembro do ano passado uma aeronave foi interceptada em Fortuna Guazú a cerca de 45 quilômetros de Pedro Juan com 130 quilos de cocaína, mas o piloto conseguiu fugir dos agentes da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, SENAD.
A sigla CAVOK (Ceiling and Visibility OK) é utilizada no meio aeronáutico para definir situação em que há boas condições de teto e visibilidade, ou seja, boas condições de voo. Os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e falsidade ideológica, cujas penas somadas podem ultrapassar 40 anos de reclusão.