A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (21), a operação ‘Agropoison’ que tem como alvo uma organização criminosa especializada em contrabandear agrotóxicos do Paraguai. A investigação que resultou nesta ação iniciou a partir de um flagrante de contrabando de agrotóxicos ocorrido em julho de 2021, em Dourados.
No andamento das investigações, foram executados outros dois flagrantes, um na mencionada cidade e outro em Sinop (MT).
As investigações ainda revelaram a existência da organização criminosa bem estruturada, que se utiliza de pessoas jurídicas criadas exclusivamente para o crime, as chamadas ‘laranjas’, além da cooptação de pessoas para o transporte e ocultação de cargas lícitas.
De acordo com a PF, a estimativa é que o grupo tenha movimentado valores superiores a R$ 2 milhões somente durante o período em que era investigada.
A operação ‘Agropison’ consistiu na execução de sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária para os líderes da organização, todos expedidos pelo Justiça Federal de Dourados, além do bloqueio patrimonial de imóveis, veículos, contas bancárias dos alvos e pessoas jurídicas identificadas no esquema.
Ocorreu ainda uma prisão em flagrante por fabricação e alteração de armas de fogo e munições de um dos indivíduos sobre o qual recaia mandado de prisão temporária. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Palotina e Toledo (PR), e Porto Alegre (RS), e contou com a participação de 21 policiais federais.
Os investigados respondem pelos crimes de Organização Criminosa e contrabando, com penas que somadas podem chegar a 13 treze anos de prisão.
Operação ‘Agropoison’
O nome da operação faz alusão ao veneno utilizado no campo representado pelo agrotóxico contrabandeado do Paraguai, que não possui certificação legal e não pode ser utilizado no Brasil.