Entre os desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) afastados das funções públicas por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça) está Sideni Pimentel, eleito há uma semana para presidir o TJMS a partir de fevereiro do ano que vem, substituindo Sérgio Martins.
A operação da Polícia Federal faz parte de investigação que apura corrupção e venda de sentenças. São alvos Marcos Brito; Vladimir Abreu; Sérgio Martins; Sideni Pimentel; e Alexandre Aguiar.
No âmbito da investigação, a Polícia Federal foi para as ruas nesta quinta-feira (24) para cumprir 44 mandados de busca e apreensão, em Campo Grande, Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). Além do afastamento, o STJ determinou a proibição de acesso às dependências de órgão público, vedou a comunicação com pessoas investigadas e os desembargadores terão que utilizar tornozeleira eletrônica.
A operação batizada de “Ultima Ratio” – desdobramento da “Mineração de Ouro”, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios de crimes. Segundo a Polícia Federal, o objetivo é “investigar possíveis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul”. A ação tem apoio da Receita Federal.