Morto em atentado tinha ligação com traficante

Aníbal Ortiz, 45, executado a tiros de 9 milímetros na tarde deste domingo (8), em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, não participava da campanha eleitoral.

Fontes ouvidas pelo Campo Grande News afirmam que a morte dele não tem ligação com as eleições e pode ter sido acerto de contas entre quadrilhas que atuam na Linha Internacional.

Segundo moradores da cidade, de fato, Aníbal Ortiz é tio de um candidato a vereador na coligação da candidata a prefeita Claudinha Maciel (PSD), mas ele não participava da adesivagem. Aníbal tomava cerveja com amigos em uma conveniência no centro da cidade quando os pistoleiros chegaram e o mataram com vários tiros.

Os disparos atingiram três pessoas que estavam na campanha eleitoral, entre eles o marido de Claudinha Maciel. Entretanto, segundo as fontes ouvidas pela reportagem, esses feridos foram “efeito colateral”, mas não eram alvos dos tiros.

Ainda na noite de ontem, a candidata divulgou vídeo nas redes sociais levantando suspeita de que o atentado tenha sido por motivação política. “O que vou dizer pra esse candidato? O tio dele tá morto”.

Atual vereadora, Claudinha disputa a eleição com o atual prefeito Rudi Paetzold (MDB) e Patrick Pereira (DEM).

Narcotráfico

O Campo Grande News apurou que Aníbal Ortiz nem morava mais em Coronel Sapucaia, cidade de 15 mil habitantes e separada apenas por uma rua de Capitán Bado, no Paraguai. Nos últimos tempos ele morava em uma cidade paraguaia no Departamento (equivalente a Estado) de San Pedro.

Ainda segundo as fontes ouvidas pelo Campo Grande News, Aníbal Ortiz era funcionário do narcotraficante brasileiro Carlos Arias Cabral, o “Líder Cabral”, antigo rival de outro traficante brasileiro famoso, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Líder Cabral ficou conhecido durante a guerra que travou com Beira-Mar no início dos anos 2000. Até o filho pequeno dele foi morto em chacina praticada a mando do bandido carioca.

O traficante foi preso em 2010 no Paraná e condenado a 43 anos de prisão, mas ganhou liberdade e voltou a se refugiar no Paraguai, onde mora em uma de suas fazendas.

*Campo Grande News

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