O depoimento de Sueli da Silva de 56 anos, presa ontem à noite em Rio Brilhante, para os policiais que investigam o assassinato da empresária e detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha de 57 anos, executada no sábado (19), complica ainda mais a situação do marido da vítima o detetive Givaldo Ferreira dos Santos de 62 anos.
Sueli que se apresenta como mãe de santo e orientadora espiritual de Givaldo, disse que ele mesmo foi ao Paraguai comprou a arma e as munições para a execução de Zuleide. Ela disse também que quem matou a mulher foi o funcionário de um escritório de contabilidade José Olímpio de Melo Júnior de 32 anos, preso ontem no local de trabalho e não Willian Ferreira Santos de 25 anos, que foi preso pela Polícia Militar em Jaciara no Mato Grosso, quando tentava fugir para Cáceres.
Com a informação de que José Olímpio era o executor, os policiais foram até a casa dele e encontraram o tênis que ele estava usando na hora do crime sujo de sangue. O calçado foi apreendido e vai passar por perícia para comprovar se há material genético de Zuleide nele.
Sueli contou também que depois de cometerem o assassinato, José Olímpio e Willian passaram na casa dela no Conjunto Residencial Dioclécio Artuzi e entregaram o revólver calibre 38 para ela. A arma foi encontrada enterrada em um monte de areia e apreendido.
Ontem Givaldo tinha dito que não teve coragem de matar a mulher, por isso teria chamado outras pessoas para a “empreitada”. Sueli teria atraído Zuleide que foi chamada para negociar um possível contrato de investigação, quando acabou executada.
Givaldo disse também que matou a esposa pois eles já estavam praticamente separados havia três anos e que viviam apenas de aparências e que ela queria colocá-lo para fora de casa e ficar com todos os bens do casal avaliados, segundo ele, em mais de R$ 2 milhões.
O delegado Erasmo Cubas continua ouvindo os envolvidos no caso e mais novidades devem surgir durante a quarta-feira. Willian Ferreira está sendo trazido do Mato Grosso e deverá ser o último a ser ouvido entre aqueles que já estão presos.