Irmão de menina morta em Pedro Juan é resgatado após denúncias de maus-tratos

A Polícia Nacional do Paraguai acompanhada pela Ouvidoria da Criança, em Pedro Juan Caballero, resgatou na quinta-feira (27), o irmão de um ano, da pequena Luz Maida, de três anos, encontrada morta e abusada sexualmente no último sábado (22).

O garoto tem um ano e estava sob os cuidados da tia. Segundo a polícia, o resgate foi determinado pelo juiz da Infância e da Adolescência, Elvio Isfrán, após denúncias de maus-tratos contra a criança.

Conforme o magistrado, essa mesma tia também estava com a guarda de Luz Maida, no entanto, sem consentimento da Justiça, ela devolveu a menina para a mãe, que dias depois, trocou-a por doses de crack em uma ‘boca de fumo’.

“Isto aconteceu depois de uma intervenção da Provedora da Criança, Letícia Sosa, e face à verificação de que esta criança não se encontrava nas melhores condições, procedemos ao seu resgate e posteriormente à sua entrega a uma família acolhedora”, disse o juiz a uma emissora de rádio de Pedro Juan.

O juiz também detalhou que a mulher não está em condições psicológicas de cuidar do irmão da menina morta. “O estudo psicológico mostrou que não tem condições de cuidar dessa criança, por isso, procedemos ao resgate”, ponderou Isfrán.

Requintes de crueldade

Com a prisão de mais dois envolvidos no caso da menina Luz Maida, novas informações dadas à polícia pelos envolvidos revelam a crueldade com que a criança foi morta.

Os dois suspeitos, um de 28 anos e outro de 32, foram presos em diferentes bairros de Pedro Juan Caballero na tarde da última terça-feira (25) pelo Departamento de Investigações de Homicídios.

O mais velho negou participação, mas disse ter testemunhado o crime. Segundo depoimentos à polícia paraguaia, a mãe de Luz Maida, de 42 anos, teria assistido aos abusos e também ao assassinato da menina.

Aos agentes paraguaios, o suspeito revelou que estava no local com mais três pessoas e que a mãe da menina estava completamente drogada. Segundo ele, como o entorpecente acabou, ela queria continuar o uso e então trocou a filha por drogas.

Após a ‘venda’ as quatro pessoas que estavam no local, inclusive a mãe, foram para uma casa abandonada, onde os homens passaram a judiar da menina até a morte.

Ainda segundo o depoimento do suspeito, a mãe da vítima voltou à sua casa para buscar um balde com água para dar banho na menina. Segundo o depoimento dessa testemunha, mesmo sob efeito de drogas, eles tentaram apagar qualquer tipo de evidência sobre o ocorrido.

Ponta Porã News*

Pedro Juan CaballeroPonta Porã