O delegado de Douradina, Demerval Neto, responsável pelas investigações da morte do médico Edvandro Gil Braz, ocorrido na manhã desta segunda-feira (18/11), em um posto de saúde daquela cidade, recebeu a reportagem no início da tarde e detalhou o que se sabe até o momento sobre o crime.
Conforme apurado, a vítima passou o final de semana na cidade paranaense de Colorado, com o pai. Inclusive, é para lá que o corpo será levado para o velório e sepultamento.
Demerval Neto contou que o crime cometido por Gabriel Nogueira da Silva Mattos, de 27 anos, foi premeditado, já que ele teria chegado à unidade de saúde se passando por paciente.
“Esse homicídio ocorreu dentro do posto de saúde, ele [autor] ingressou supostamente para receber um atendimento médico, mas ele já levou a faca então já foi algo premeditado. O rapaz era o quarto indivíduo a ser atendido, e aproveitando o descuido das equipes que trabalham no posto de saúde, ele adentrou à sala do médico, no momento em que o profissional realizava o atendimento de uma paciente, e com a faca, desferiu ali diversas facadas contra a vítima”, contou o delegado.
Algumas pessoas que estavam na unidade de saúde ainda tentaram conter Gabriel, que por sua vez, conseguiu fugir e ainda furtou uma bicicleta. Ele acabou preso tempo depois, pela PC (Polícia Civil).
“A equipe da Polícia Civil foi acionada logo em seguida, e os investigadores então se deslocaram até a saída da cidade em uma lavoura de soja e dentro dessa lavoura de soja o indivíduo estava escondido, mas não escapou dos olhos da equipe que conseguiu então capturá-lo e conduzido à delegacia. Ele confessou o crime e disse que foi em razão de um atendimento médico realizado há cerca de dois a três anos, na então namorada, e que supostamente em razão disso, a mulher teria sofrido um aborto”, detalhou Neto.
O delegado acrescentou que “o crime foi motivado para se vingar, efetuou, praticou esse homicídio na data de hoje. Contudo, essa informação do atendimento ainda vai ser confirmada, ao analisar os prontuários médicos, a princípio, nós não conseguimos ainda confirmar a informação de se realmente houve um atendimento”, afirmou.
Outras testemunhas, como a irmã do autor, afirmam realmente que ontem, Gabriel ele havia dito que iria matar um médico em razão disso, contudo não acreditaram nele, alegando que ele estava sob efeito de drogas.