A operação Autoimune, deflagrada hoje (17), pela Polícia Federal, apontou que estudantes de medicina integram o grupo que movimentou mais de R$ 4 milhões com remédios falsificados e de origem argentina. A informação foi repassada pelo delegado regional de combate ao crime organizado, Jorge Vinícius Gobira Nunes.
Além de Mato Grosso do Sul, a ação acontece também em Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Segundo a PF, a quadrilha era formada por quatro núcleos: fornecedores, onde estavam os estudantes de medicina, transportadores, intermediadores e núcleo dos compradores.
Como funcionava o esquema
A polícia explicou que os estudantes contatavam farmácias no lado paraguaio e outros distribuidores dos medicamentos que saiam do país vizinho chegando Campo Grande e Cuiabá (MT).
Destas cidades, o núcleo responsável pelos transportes fazia a remessa dos remédios para hospitais e instituições de saúde após o núcleo dos intermediadores terem feito à venda dos medicamentos. E por fim, o núcleo dos compradores faziam a disseminação dos remédios que chegaram a 65 municípios e em mais de 100 instituições no Brasil.
As investigações começaram com uma apreensão no Aeroporto Internacional de Campo Grande, onde várias caixas de medicamentos de origem argentina que tinha como princípio ativo ‘Neostigmina’ estavam desacompanhadas de documentação.