Erro no sistema judicial impede prisão de acusado de matar agrônomo

Erro no sistema judicial impede prisão de acusado de matar agrônomo

Um erro no sistema judiciário do Paraguai impediu a prisão de João Padilha, de 42 anos, conhecido como João Mentira, principal suspeito do assassinato do engenheiro agrônomo Elói Brussamerello, de 65 anos. A vítima foi morta a tiros e enterrada em uma cova rasa no município de Cerro Corá, no Paraguai.

O promotor de justiça de Pedro Juan Caballero, Rodrigo Espínola, emitiu um mandado internacional de busca contra Padilha na sexta-feira (21). No entanto, até a tarde de sábado (22), o documento ainda não havia sido registrado no sistema da INTERPOL, impedindo sua inclusão na lista de procurados.

Brussamerello foi visto pela última vez ao lado de Padilha, seu parceiro no arrendamento de uma propriedade rural na Colônia Itapopo, em Cerro Corá. Ambos teriam ido até a fazenda para definir a data da colheita da soja. Mais tarde, o suspeito foi parado em uma barreira policial dirigindo a caminhonete da vítima, que foi encontrada incendiada na periferia de Pedro Juan Caballero na mesma noite.

Na manhã deste sábado (22), Padilha foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Jataí (GO) enquanto viajava com a família em direção ao estado do Pará. No entanto, como não havia nenhuma acusação formal registrada contra ele, os policiais tiveram que liberá-lo após  ouvi-lo em uma delegacia local.

Segundo uma fonte consultada pelo Ponta Porã News, caso os agentes da PRF tivessem mantido o suspeito preso sem um mandado oficial, poderiam ser processados por abuso de poder, cárcere privado e outros crimes, além de estarem sujeitos a sanções administrativas e até perda da função pública.

Com isso, João Padilha seguiu viagem com seus familiares. Ele só poderá ser preso após a INTERPOL incluir seu nome na lista vermelha de procurados, o que deve acontecer entre domingo (23) e segunda-feira (24). O teor do depoimento prestado por Padilha à PRF em Goiás não foi divulgado.

Sem barba, João Mentira seguiu com a família para o Pará.(Foto: Ponta Porã News)
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