Luiz Guilherme e Antonio Coca*
Um empresário douradense, de 44 anos, do ramo de transportes, foi preso na terça-feira (8), por policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) e SIG (Setor de Investigações Gerais), em Ponta Porã, acusado de tráfico de drogas.
De acordo com informações apuradas pela reportagem do Ponta Porã News, por volta das 6h de ontem, agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão domiciliar na rua Natal, no bairro Vila Cuiabá, e na rua Monte Alegre, no Jardim São Pedro, em Dourados.
A ação teve como objetivo recolher possíveis provas sobre a prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico em relação ao empresário. Na casa dele, os policiais da Defron apreenderam celulares, dispositivos eletrônicos e documentos de interesse. O indivíduo, porém, não estava em casa.
Visando cumprir o mandado de prisão contra ele, agentes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira procuraram pelo empresário durante toda a manhã, e à tarde, em contato com policiais do SIG de Ponta Porã e da Polícia Militar Rodoviária, o homem foi localizado e preso nas proximidades do anel viário do município mencionado.
Segundo a polícia, o empresário possivelmente fugiria para o Paraguai.
Após ser preso, ele foi encaminhado para a sede da Defron, em Dourados, onde foi interrogado e indiciado pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.
Nesta quarta, ele foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde aguarda audiência de custódia.
Empresário investigado desde julho
O empresário douradense está sob investigação desde julho de 2022. No dia 5 de setembro, a polícia apreendeu 5,620 toneladas de maconha, em Dourados, numa operação conjunta desenvolvida pela Defron e pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira).
Na época, um homem de 46 anos conduzia o caminhão ‘caçamba’, Mercedes Benz/L 1620, na cor branca, carregado aparentemente com areia, no entanto, embaixo de uma fina camada do material estava o entorpecente.
Ele foi autuado em flagrante pela Defron pelo crime de tráfico de drogas e as investigações prosseguiram visando angariar mais elementos contra o empresário que contratou esse motorista.
A partir desse ponto, a investigação demonstrou que o empresário utilizava sua empresa de transportes para transportar o entorpecente de Ponta Porã até este município e, depois, seguir viagem para outros estados brasileiros.
Esse grupo criminoso utilizava o mesmo “modus operandi”, qual seja, transportar várias toneladas de maconha em caminhões ‘caçambas’ escondidas embaixo de uma fina camada de areia, pedra e restos de asfaltos, isso para dificultar a fiscalização das forças policiais.