Dracco prende foragido acusado de integrar ‘tribunal do crime’ de facção

O Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) prendeu um homem de 23 anos, vulgo “.30 PCC”, “Bruxo PCC” e “Príncipe da Facção”, que estava foragido, e é acusado de integrar a facção Primeiro Comando da Capital.

Ele é denunciado por homicídios cometidos por meio da prática criminosa conhecida por “tribunal do crime”.

No primeiro mandado de prisão preventiva cumprido em desfavor do faccionado, é estampado envolvimento do preso em homicídio qualificado por motivo torpe executado à traição e emboscada, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, realizado a mando de facção criminosa que determinou ainda o sequestro e cárcere privado da vítima, resultando em grave sofrimento físico e moral, sendo que após a execução por meio cruel, cometido por meio de asfixia (enforcamento por corda), o corpo da vítima fatal ainda fora destruído(carbonizado) e ocultado, sendo localizado apenas 4 dias após a morte.

A prisão preventiva se deu em torno de ocorrência policial registrada em setembro de 2022 noticiando a morte de um homem de 32 anos, na cidade de Três Lagoas. A vítima estava desaparecida por dias e acabou tendo seu cadáver localizado parcialmente carbonizado, com os pés e as mãos amarrados para trás, sendo constatado que se tratava de suspeito de estupro da filha, criança de oito anos, ocorrido naquele município, passando por “interrogatório” realizado com participação de mais de 30 integrantes da facção por meio de vídeo conferência, inclusive mantendo contato com a mãe da criança e demais parentes da vítima sobre o conhecimento dos mesmos sobre os fatos dos quais “acusavam a vítima”, sendo que, após mantê-lo sequestrado e torturado, “o condenaram” e determinaram a sua execução.

No segundo mandado de prisão preventiva, foi apontada a autoria por homicídio qualificado por motivo torpe executado à traição e emboscada, mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, realizado a mando de facção criminosa que determinou ainda o sequestro e cárcere privado da vítima, resultando em grave sofrimento físico, sendo que após a execução por meio cruel, , o corpo da vítima fatal ainda fora carbonizado e ocultado, sendo localizado apenas três dias após a morte.

A prisão preventiva se deu em torno de ocorrência policial registrada em setembro de 2022 noticiando a morte de outro homem, de 31 anos, também no Leste do Estado. A vítima foi encontrada parcialmente enrolado em uma manta/coberta que foi incendiada junto ao corpo que ocasionou queimaduras gerais, com sinais de ferimentos causados por objeto perfuro-cortante (cerca de seis golpes de tesoura) na região do pescoço, sendo apurado que a vítima fatal teria se envolvido em agressões contra sua ex-companheira e, por conta disso, havia sido desfeito seu relacionamento, tendo a mulher pedido que o mesmo deixasse o imóvel e retornasse à sua cidade natal, localizada na região Sul do país, sendo que ao deixar a residência com suas coisas, acabou sequestrado e mantido em cárcere privado em imóvel na cidade, onde se realizou o seu “interrogatório” com participação de mais de 30 integrantes da facção por meio de vídeo conferência, inclusive tendo a participação da ex companheira para confirmação dos fatos e, após manterem a vítima sequestrada e torturada, “a condenaram” e determinaram a sua execução.

Ambos os crimes tiveram a participação ativa do preso preventivamente, e de mais dez integrantes da facção criminosa, dentre esses, três mulheres, classificados como grupo de extermínio e com tarefas bem divididas para a executar o intento criminoso nos moldes determinados, razão pela qual, figuram como réus, denunciados pelos delitos de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e ainda por integrarem e promoverem organização criminosa, com penas aumentadas pela qualificadora de utilização de arma de fogo.

Operação ‘Renorcrim’

A deflagração das ações que resultaram nas prisões preventivas do réu faccionado ocorre no contexto da operação ‘Renorcrim’, uma iniciativa nacional de combate às organizações criminosas, articulada pelo Ministério da Justiça através da Secretaria Nacional de Segurança Pública, por meio da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado, da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, no âmbito da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas, tendo como ponto focal no Mato Grosso do Sul o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado.

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