O detento Nedio Marques Brito Filho, que rendeu uma funcionária e fugiu pela porta de frente do presídio Álvaro Brandão, em Ponta Porã, junto com Celso Gonçalves Sanguina, foi preso em Goiás na noite da última segunda-feira (22/1).
A prisão foi realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e daquele estado.
A fuga ocorreu no dia 2 de julho de 2021, e do lado de fora da penitenciária embarcaram em uma caminhonete, aparentemente branca. Celso já havia sido recapturado e na segunda, uma operação envolvendo o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) de MS, Deccor, Deic e 8ª Delegacia Regional de Polícia de Goiás, com apoio do DOP/Agepen, Nedio foi encontrado e preso em flagrante.
Com ele os policiais apreenderam uma pistola semiautomática de uso restrito e uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação) falsa.
Nedio, segundo a polícia, possui diversas condenações por tráfico de drogas, uso de documento falso e roubo, somando mais de 16 anos de prisão a cumprir.
Fuga teria contado com ajuda de policiais penais
A fuga de Nedio e Celso teria contado a princípio com ajuda dos policiais penais apontados em denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O chefe do plantão no dia da fuga era Luiz Carlos Soto, e segundo as investigações, teria negociado 30 mil dólares para permitir a fuga.
Além dele, outros agentes são acusados de beneficiar detentos mediante pagamentos indevidos. Foi negado pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa do policial penal Luiz, preso em janeiro de 2022 na operação La Catedral.
A operação resultou na prisão de cinco policiais penais denunciados por corrupção e organização criminosa.