Coronel Waldir Ribeiro Acosta deixa comando da PM na próxima sexta-feira

Após 34 anos e 2 meses dedicados a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, dos quais, mais de três no comando geral da instituição, o Coronel Waldir Ribeiro Acosta, deixa o comando na próxima sexta-feira (22) em cerimônia interna, passando o comando ao Coronel Marcos Paulo Gimenes, atual comandante do Departamento de Operações de Fronteira – DOF. Em seguida, por atingir o tempo limite na ativa, o coronel Waldir passa para a Reserva Remunerada da instituição.

Filho e sobrinho de policiais militares ainda no Mato Grosso uno, Waldir ingressou na instituição como praça seguindo nos estudos até prestar concurso e ser aprovado para Academia de Formação de Oficiais de Polícia Militar. Assim como praça, ao chegar ao oficialato passou por várias unidades da PM em Campo Grande e interior.

Comandou Pelotões em Campo Grande, a Polícia Militar Ambiental de Corumbá, posteriormente o Batalhão da PM no município. Assumiu o comando da Polícia Militar Rodoviária – BPMRv – o Comando de Policiamento Metropolitano e por fim, comandante-geral da instituição em fevereiro de 2017.

Waldir sempre esteve ao lado de seus comandados desde o início do oficialato, participando da maioria das ações e operações de seus subordinados. A prática não mudou mesmo ao integrar o quadro de oficial superior – major, tenente-coronel e coronel – sendo comum estar em meio a tropa durante operações em perímetros urbanos da Capital e interior, barreiras e inclusive em missões de caráter educativo.

Academia de Oficiais

Entre os grandes feitos durante o comando-geral, está a criação e ativação da Academia de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Em seu primeiro ano de atividade, a Academia localizada na saída para Aquidauana, prepara 50 cadetes aprovados em várias fases de concurso. Entre eles estão 12 oficiais de saúde, categoria que não era incluída nos últimos 20 anos.

Até então, desde a criação de Mato Grosso do Sul, os oficiais eram formados em Academias de diferentes Estados, dependendo da disponibilidade de vagas. Com isso, temos oficiais de tenentes a coronéis formados em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Nordeste e outros.

A formação em outros Estados, além de dispendiosa para Mato Grosso do Sul preparava os oficiais em realidade totalmente adversa de Mato Grosso do Sul. Um dos exemplos está a formação no Rio de Janeiro em que o cadete praticamente é preparado para guerrilha em confrontos nas comunidades, existindo inclusive “cenário” para treinamento de tiroteio em favelas.

Outro exemplo, é o oficial formado na região da Caatinga, sendo que na prática ele atuará por toda a vida em regiões de fronteira e pantanal. Com a formação em Mato Grosso do Sul, os cadetes estarão constantemente em contato com a realidade de onde atuarão, o que deverá ocorrer com instruções internas e externas.

Luta

Para implantar a Academia da PM, o coronel Waldir enfrentou uma verdadeira luta para vencer as mais variadas dificuldades. A ideia era que tanto a PM como o Corpo de Bombeiros tivessem suas academias no estado, sendo que o Corpo de Bombeiros preferiu manter a formação fora, por dificuldade na montagem de estrutura de formação, que pela característica da atividade é bem maior que da Polícia Militar.

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