Foi expulso do Paraguai, por volta das 10h desta quinta-feira (12/9), o brasileiro William Pereira Soares, de 36 anos, que foi preso na quarta (11/9), durante operação conjunta da Polícia Nacional daquele país e da PF (Polícia Federal) do Brasil, em Pedro Juan Caballero.
A expulsão foi realizada de acordo com o Ofício n.º 2304/24 e com apoio da PM (Polícia Militar).
Como noticiado anteriormente, o brasileiro, acusado de integrar uma organização criminosa brasileira, foi detido no Bairro Maria Vitória, em Pedro Juan. William é acusado de envolvimento em uma série de crimes graves, incluindo tráfico de drogas, formação de quadrilha e roubo de veículos. Ele também estaria ligado a uma organização criminosa brasileira com forte presença no Paraguai.
O crime de maior gravidade associado a William é o assassinato de um agente penitenciário ocorrido em 2015, na cidade de Arapongas, no interior do Paraná. Segundo as investigações, o agente penitenciário foi morto a tiros, e William é apontado como um dos principais envolvidos no caso. Esse homicídio gerou grande repercussão na época, já que foi entendido como uma retaliação de organizações criminosas contra o sistema penitenciário brasileiro, em resposta a operações de repressão dentro dos presídios.
Operação de prisão
Durante a operação que culminou na prisão de William, a polícia apreendeu um arsenal com ele, incluindo armas de fogo, munições, celulares e um veículo que estava em sua posse. O material confiscado reforça as suspeitas de que ele estaria atuando de forma ativa em atividades criminosas na região de fronteira.
De acordo com autoridades paraguaias, William havia fugido do Brasil durante uma transferência para atendimento hospitalar. Ele estava preso em uma penitenciária, mas conseguiu escapar durante esse período de deslocamento. Após a fuga, William se refugiou no Paraguai, onde passou a atuar clandestinamente.
Ligações com organizações criminosas
William Pereira Soares é apontado como integrante de uma facção criminosa brasileira conhecida por seu controle do tráfico de drogas e por seus vínculos com outras atividades ilícitas na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A cidade de Pedro Juan Caballero é um importante ponto de passagem de drogas e armas, e a atuação de facções brasileiras no local é conhecida pelas autoridades dos dois países.