Chegou a 673 quilos a carga de cocaína apreendida no avião bimotor matrícula PR-WCP interceptado por caças da FAB na tarde de domingo (3). Em voo clandestino, a aeronave foi interceptada ainda no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul, mas o piloto não obedeceu a ordem dos pilotos dos caças A-29 para pousar imediatamente, o que só fez na região de Jales, no interior paulista, após disparos de advertência.
A aeronave foi interceptada por volta de 11h30 (MS) quando os pilotos de defesa aérea seguindo os protocolos estabelecidos em lei interrogaram o piloto, mas não foram respondidos sendo a aeronave classificada como invasora. Em seguida, foi mais uma vez ordenada mudança de rota e pouso obrigatório em pista definida.
Novamente o piloto ignorou a ordem, sendo efetuado tiro de aviso, e em seguida o disparo de detenção, só quando o piloto pousou em uma região de canavial entre as cidades de Jales e Pontalinda, no Estado de São Paulo. O piloto e provavelmente copiloto fugiram a pé em meio ao canavial.
A Polícia Federal ao vistoriar a aeronave localizou a grande quantidade de droga distribuída em fardos nos bancos e compartimento de bagagens da aeronave. A pesagem foi com concluída a noite revelando 673 quilos.
Não podia voar
A aeronave interceptada não poderia estar voando, pois está com todos os seus certificados e licenças vencidas. Conforme o registro na ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, fabricado em 1973, o avião Baron modelo BE 58 é homologado para voo noturno e foi transferida ao atual proprietário em abril deste ano. No final da tarde a aeronave foi removida para o aeroporto de Jales.