A Polícia Federal deflagrou na manhã dessa terça-feira, (2), a Operação Audacius, com objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao contrabando de cigarros de origem estrangeira. Aproximadamente 23 policiais federais cumprem 5 mandados de prisão preventiva e 6 de busca e apreensão nas cidades de Dourados, Ponta Porã e Campo Grande, além do sequestro e bloqueio de mais de R$ 2 milhões em bens móveis e imóveis, assim como valores depositados em contas bancárias em nome dos investigados.
Ao todo foram cumpridas 17 ordens judiciais. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal da Cidade de Durados. As investigações tiveram início em dezembro de 2019 após o furto de uma carga de cigarros de origem paraguaia apreendida e acondicionada dentro de um caminhão estacionado na calçada recuada defronte à Delegacia de Polícia Federal de Dourados. A carga subtraída foi avaliada em aproximadamente R$ 2 Milhões.
De posse dessas informações, realizou-se um meticuloso trabalho de investigação que resultou na descoberta de um grupo criminoso que há anos contrabandeia cigarros de origem estrangeira. Os cigarros contrabandeados eram armazenados em residências, da cidade de Dourados, ligadas aos investigados e, após o acúmulo de certa quantidade, eram remetidos a outros estados da federação, como São Paulo.
Devido aos enormes prejuízos causados ao bando, face a intensificação das ações de fiscalizações nas estradas que cortam o Estado, o grupo resolveu, de forma audaciosa, furtar as cargas da quadrilha que eram apreendidas. As investigações também demonstraram que o grupo já havia tentando subtrair outra carga de cigarros apreendida em outro Estado.
O nome da operação faz referência a forma audaciosa com que os investigados orquestraram as ações de furto das cargas de cigarros apreendidas. Audacius vem do latim audácia, que caracteriza a ação do grupo ora desarticulado.
Todos os investigados têm um longo histórico de práticas de crimes transfronteiriços envolvendo o contrabando de cigarros, sendo que alguns já chegaram a ser presos em flagrante diversas vezes durante as investigações.
Os investigados responderão pelos crimes de contrabando, associação criminosa e furto qualificado. As penas cominadas podem chegar a mais de 15 anos de prisão, se somadas. Os presos foram encaminhados aos estabelecimentos prisionais do Mato Grosso do Sul, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.
A Polícia Federal reforça que a atual pandemia não afetou as investigações e ações da instituição. Em razão da situação de pandemia da COVID-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.