Um grupo hacker invadiu na terça-feira (3/9) os sistemas de órgãos brasileiros e o escritório de advocacia Barci de Moraes, da família do ministro Alexandre de Moraes.
Informações preliminares indicam um possível ataque DDoS (negação de serviço), que opera com o envio de milhares de acessos simultâneos a determinados sites para prejudicar a conexão.
Sites da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram alvos nos últimos dias de ataques de acesso com o objetivo de derrubar temporariamente as páginas eletrônicas das duas instituições, afirmaram à Reuters quatro fontes da PF e comunicados oficiais da corporação e do STF.
O grupo afirma nas redes sociais que os ataques começaram após Moraes determinar o bloqueio do X no Brasil. Além do STF e da PF, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o escritório Barci de Moraes também foram alvos.
O site do escritório de advocacia estava inacessível às 16h45 (horário de Brasília) desta terça-feira. Já o sistema da PF foi restabelecido, mas o endereço eletrônico chegou a ser derrubado ao longo do dia.
“O acesso aos serviços já foi restabelecido e não foi detectado comprometimento aos sistemas e acessos a dados da instituição”, disse nota à Reuters.
Uma das fontes da PF disse que a corporação aguarda um relatório de análise dos incidentes para entender melhor o que ocorreu.
Em nota, o STF afirmou que o site do tribunal chegou a ficar fora do ar na sexta-feira (30), mas foi rapidamente recuperado.
“Os sistemas ficaram inoperantes por menos de 10 minutos. A equipe técnica do tribunal agiu rapidamente, retirando os serviços do ar e implantando novas camadas de segurança, de modo que todos os acessos foram normalizados e não houve nenhum prejuízo operacional ao Tribunal”, diz a nota.
Uma fonte da PF em contato à Reuters disse que por ora não é possível verificar quem é o autor do ataque e se efetivamente foi uma ação hacker.