Polícia Penal intensifica combate à comunicação ilícita em presídios

A Polícia Penal de Mato Grosso do Sul encerrou com sucesso a 6ª fase da Operação Mute, uma ação de âmbito nacional coordenada pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Ao todo, 210 policiais penais estiveram envolvidos, vistoriando 32 celas e resultando na transferência de 29 internos para outras unidades. Os resultados das apreensões serão oficialmente divulgados pela Senappen.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e pela Diretoria de Operações da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), com participação de operacionais do Cope (Comando de Operações Penitenciárias) e supervisão de um representante da Senappen.

Estratégia Nacional

A Operação Mute é considerada a maior já realizada pela Senappen em número de estados participantes, policiais penais mobilizados e unidades prisionais inspecionadas.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

Esses dispositivos são ferramentas-chave para o avanço da violência nas ruas, alimentando delitos como tráfico de drogas, homicídios e roubos. No entanto, a operação não apenas busca apreender esses itens, mas também reforçar rotinas e procedimentos padronizados nos estabelecimentos prisionais, promovendo maior controle e segurança.

Segundo a Senappen, além das revistas, a Operação Mute atua como um marco no fortalecimento das inteligências penitenciárias estaduais e na integração com a Dipen (Diretoria de Inteligência Penitenciária). A iniciativa também contribui para reduzir crimes violentos letais intencionais, reforçando o compromisso de proteger a sociedade.

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