Estado mantém combate a incêndios no Pantanal com apoio de tecnologia e equipamentos

Com atuação constante no monitoramento, combate e controle de incêndios florestais, o CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) trabalha em três áreas do Pantanal.

As equipes estão em alerta desde a semana passada nas regiões de Aquidauana, Paiaguás e Porto São Pedro (Rede Amolar), onde ainda existem chamas ativas.

O trabalho de combate ao fogo é realizado por 32 bombeiros que contam com o apoio da tecnologia e de todo o aparato fornecido pelo Governo do Estado para contribuir com o sucesso das missões em relação a extinção do fogo e preservação do bioma.

Durante a solenidade e assinatura da Lei do Pantanal, realizada ontem (18), o governador Eduardo Riedel observou sobre os importantes investimentos realizados pelo Executivo no suporte necessário para o combate aos incêndios no bioma.

“É um trabalho contínuo e de extremo investimento em infraestrutura para o combate, conscientização, educação, apoio das comunidades que lá estão, produtores e comunidades ribeirinhas. O Governo do Estado comprou dois aviões ‘air tractor’ para fazer esse combate, e tem um helicóptero a disposição. A gente ganhou uma maturidade muito grande neste processo. É um fenômeno natural que a gente tem que deixar só como natural, e eliminar completamente aqueles que são acidentais ou propositais. A força do Estado tem que estar presente neste sentido”, disse Riedel.

A atuação planejada e organizada do Corpo de Bombeiros, que desenvolve importante trabalho nas ações de controle e combate a incêndios florestais em todo o Estado, tem o apoio de diversas tecnologias que contribuíram para a pronta resposta e efetiva extinção de focos no Pantanal.

“Mato Grosso do Sul é exemplo de resposta e tecnologia aplicada, com disponibilidade de equipamentos, treinamento e atuação dos bombeiros. E tudo já está empenhado para o ano que vem. É muito melhor do que foi disponibilizado em 2020, que foi um aprendizado para todos”, disse Alexandre Bossi, presidente da SOS Pantanal, ONG (organização não governamental) que atua na preservação do bioma.

Durante a Operação Pantanal 2023, que teve início em 17 de julho, as aeronaves específicas foram disponibilizadas em diversas ocasiões, para apoiar o trabalho de combate às chamas, duas delas ‘air tractor’ que transportam até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso.

“Mesmo com as chuvas, quando passa alguns dias sem precipitação, vem risco de incêndio. É o que está acontecendo agora, desde a semana passada estamos atuando em incêndios no Pantanal. Quando diminui as chuvas, amenta risco de fogo, devido a biomassa acumulada. Por isso, mesmo com o início do período de chuvas, o combate continua”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do CPA (Centro de Proteção Ambiental), que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado, e coordenadora da Operação Pantanal 2023.

Além disso, a dificuldade de acesso aos locais em chamas, dificulta as ações de combate. “Estamos em missão de combate a incêndio florestal, saímos de Coxim às 4h da manhã e rodamos 250 km dentro do Pantanal para ir até o foco. A dificuldade de deslocamento é muito grande, a gente anda em média de 20 a 25km/h”, disse o capitão Silveira, do Corpo de Bombeiros.

Apoio

O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e dos outros biomas presentes em Mato Grosso do Sul – Cerrado e Mata Atlântica -, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros do Estado no combate aos incêndios florestais.

Com drones, equipamentos de proteção individual específicos para garantir segurança (roupas e botinas resistentes as chamas), monitoramento via satélite com uso de plataformas da Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, a atuação dos bombeiros é cada vez mais específica e qualificada para evitar e mitigar os danos causados pelos incêndios florestais.

“Nós trabalhamos as questões de combate a incêndios florestais o ano inteiro. Porém intensificamos as atividades no período de resposta. E este ano a Operação Pantanal tinha previsão de ser encerrada no dia 23 de novembro, porém as condições atmosféricas nos fizeram estender o final da operação”, disse a tenente-coronel Tatiane.

Polícia Federal