Em sua segunda agenda de campanha com o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Ponta Porã (Simted), o candidato a prefeito Carlos Bernardo (PDT) reiterou os compromissos assumidos anteriormente e reassegurou que fará da política pública de educação uma base sólida de conhecimentos e cidadania. “São prioridades, entre outros pontos, valorizar os educadores e os administrativos e ter nas escolas um ambiente saudável, moderno e progressista”, pontuou.
Com Luiz Carlos Valejo, presidente do sindicato, e Vitória Elfrida, vice-presidente, Carlos Bernardo assinou carta de compromisso contendo reivindicações da categoria. E disse que além de cumprir as demandas já estabelecidas por lei – como o piso salarial, entre outros avanços -, irá, se necessário, realizar os estudos para ter a base jurídica que dará legalidade aos itens da pauta reivindicatória ainda não previstos ou regulamentados.
“Esperamos que o candidato, se eleito for, venha honrar conosco, com a categoria, com a educação, que muitas vezes tem as suas pautas negadas. Esperamos avançar nessas pautas históricas”, comentou Valejo. E prosseguiu, observando que a educação é uma das maiores empregadoras do município. “Hoje, a educação pública em Ponta Porã tem mais de 1.500 profissionais em todos os locais, entre Ceinfs e escolas. E este é o maior mercado de trabalho que nós temos”.
Empregos
“Não há como ignorar a urgência de criar meios para a geração de empregos”, afirmou Carlos Bernardo. “Além de implantar os distritos industriais na cidade e nos distritos e materializar o projeto do Hospital Binacional de Fronteira, faremos do conhecimento uma ponte segura para que a população em idade escolar, nos diferentes níveis, tenha chances reais de acesso aos diversos meios de trabalho”, completou.
Para o candidato, a importância da educação como alicerce efetivo para gerar condições de empregabilidade está visível no grande volume de alunos que estudam e se formam em universidades paraguaias na região de fronteira. No município de Ponta Porã só existe a Universidade Estadual (Uems), que precisa ser melhor estruturada, mas do lado paraguaio existem mais de 12 instituições de ensino superior, formando excelentes quadros profissionais.
Calcula-se que neste pedaço acolhedor da fronteira Brasil-Paraguai, as faculdades sejam a fonte de conhecimento para cerca de 15 mil alunos. Todos residem em Pedro Juan Caballero, do lado paraguaio, e Ponta Porá, no lado brasileiro. Cada um deles tem um gasto médio na região em torno de R$ 1 mil, uma expressiva contribuição com a economia e a expansão das duas cidades.
“No entanto, as fontes de emprego são muito escassas. Ponta Porã não oferece condições de empregabilidade ao povo, porque está sob um impacto de 20 anos pesados, arrastados em matéria de gestão. Como é que um município vai atrair empregos se não dá condições ao investidor, se não demonstra ao empresário que merece credibilidade”? – indagou. “Assim, a educação se impõe como um dos instrumentos mais efetivos para mostrar aos investidores que temos formação qualificada de mão-de-obra”, concluiu.