A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) completou 27 anos de criação neste mês (20 de dezembro), com um legado de transformações junto à sociedade do Estado. A Universidade não interrompeu suas atividades acadêmicas e administrativas e implementou, ao longo deste ano, diversas ações num ano afetado pela pandemia mundial do vírus Sars-Cov-2 (causador da doença Covid-19).
Consolidando o seu protagonismo no MS sob os eixos do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, além de potencializar seu relacionamento político junto a diversos municípios e ao Governo Estadual, a UEMS segue mais fortalecida no cenário regional. Atualmente presente em 22 cidades do Mato Grosso do Sul, com 15 Unidades Universitárias e sete polos de Educação a Distância, a instituição mostra, mais uma vez, o seu protagonismo na vida das pessoas.
“Aos 27 anos, nossa Universidade segue como uma das instituições mais respeitadas pela população do Estado. Prova disso é que, por onde passamos, todos desejam que a UEMS esteja em suas respectivas cidades. Num ano difícil como este, a nossa Universidade trabalhou muito e importantes conquistas foram obtidas, como a aprovação de novos cursos que somam 180 novas vagas e que são frutos de parcerias a diversos setores”, destaca o reitor da Laércio Alves de Carvalho. De acordo com Laércio, a UEMS desfruta atualmente de um grande carinho por parte da sociedade sul-mato-grossense.
Esse sentimento é crescente, pois muitos constatam que a atual gestão busca atender as demandas que chegam à Universidade. “Somos uma instituição que buscou amadurecer ideias de modo a aumentarmos nossa participação no processo de construção de um Estado mais forte. Neste ponto, as parcerias junto às prefeituras e ao Governo do MS são essenciais para alcançarmos isso”, explica o reitor.
Criada pelo governador Pedro Pedrossian em 20 de dezembro de 1993, a UEMS surgiu com a missão de promover a interiorização do Ensino Superior. O pioneirismo da instituição também se evidencia pelo fato de ser a primeira Universidade brasileira a garantir inclusão de indígenas (10% das vagas) em todos os seus cursos de graduação ofertados. A UEMS também foi a terceira IES em nível nacional a adotar sistema de cotas para alunos(as) negros(as). Em 2020, a Universidade também instituiu política de reserva de vagas para estudantes que sejam residentes de Mato Grosso do Sul (10% das vagas).
Ações Institucionais em 2020
A UEMS desenvolveu, durante a pandemia da Covid-19, uma série de ações institucionais que consolidaram a Universidade como uma instituição com potencial estratégico para o Estado de Mato Grosso do Sul. Somando aos 60 cursos de graduação (presenciais e a distância), dois doutorados, 14 mestrados e dez cursos de especialização, a UEMS criou, recentemente, mais 4 novos cursos aprovados pelo Conselho de ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE): Agronomia em Maracaju, Agronomia em Mundo Novo, Sistemas de Informação em Nova Andradina e Tecnologia em Logística em Jardim.
Diante da crise e das incertezas em 2020, as ações de apoio social ganharam peso e importância com a “Campanha UEMS Solidária”, que mobilizou as gerências das Unidades Universitárias, reitoria e que, inclusive, contou com doações do Governo do Estado e instituições diversas. Ao final, mais de 15 toneladas de alimentos arrecadados beneficiaram cerca de 1.000 famílias no Estado. Para além disso, por meio de rede de colaboração, a Universidade produziu milhares de máscaras em Campanhas voltadas para população vulnerável, em especial as comunidades indígenas.
Em paralelo às ações de solidariedade, estudos e discussões internas prosseguiram, junto aos cursos de Enfermagem e Medicina, reitoria, gerências e entidades representativas das categorias da UEMS: o SINTUEMS (Sindicato dos Técnicos), a Aduems (Associação dos Docentes) e o DCE (Diretório Central dos Estudantes). Como resultado deste trabalho conjunto, surgiu o Comitê Multidisciplinar de Ações de Urgências e Emergências em Saúde (CAUES), cuja presidência é exercida pela vice-reitora, Celi Correa Neres. O trabalho do CAUES/UEMS, dentre outros, resultou no Plano Institucional de Biossegurança da Universidade. “Esse Plano, construído coletivamente, tem subsidiado todas as atividades acadêmicas e administrativas, nesse período de pandemia”, enfatiza Celi.
O trabalho desenvolvido pelo Comitê foi incluiu reuniões para discutir informações e cenários sendo fundamental para subsidiar o prosseguimento das aulas e atividades remotas. A aprovação da não-suspensão do calendário acadêmico da UEMS, ocorrida durante o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) no mês de maio foi subsidiada, em grande parte, pelo Plano Institucional de Biossegurança elaborado pelos membros do CAUES. Em outro eixo, a UEMS buscou estabelecer importantes parcerias visando ações multilaterais voltadas ao enfrentamento da pandemia. Com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), o projeto “UEMS contra a COVID-19”, uma ação de enfrentamento à Covid-19 nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) capacitou profissionais para a realização de testes rápidos para pessoas idosas que residem nas ILPI. Também foi criada a página UEMS-COVID, com o objetivo de ser elemento referencial sobre o assunto.
Com o prosseguimento das aulas remotas, a UEMS passou a formalizar parcerias para garantir o menor impacto possível aos discentes. As melhorias referentes às aulas remotas foram capitaneados pela Diretoria de Informática (DINF) e a Diretoria de Educação a Distância (DED), que promoveram uma série de iniciativas para garantir um acesso remoto melhor e mais eficiente. O Edital de Auxílio à Internet Emergencial também foi lançado visando atender alunos de baixa renda, com dificuldades de acesso. O trabalho foi prosseguindo no Ensino, Pesquisa e na Extensão.
A UEMS ainda concretizou acordos importantes, como o da Usina da Itaipu Binacional, via Unidade de Mundo Novo, estimado em R$ 7,8 milhões. A instituição vivenciou a colação de grau de sua primeira Turma de Medicina. Também houve a aprovação do retorno do Vestibular institucional, após 10 anos. Importante citar as melhorias estruturais na sede administrativa e Unidades Universitárias da UEMS que, juntas, somam mais de 10 milhões em investimentos.
“Num ano de muitas perdas e limitações, nossa comunidade universitária formada por professores, técnicos e estudantes trabalhou incansavelmente para que nossa universidade pudesse apostar na vida e transpor obstáculos impostos pela pandemia. “Por isso, é importante e necessário seguirmos acreditando na Educação e na sua capacidade de contribuir para uma sociedade melhor ”, finaliza Celi.