A greve dos técnicos administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) entra agora no seu segundo mês, com os manifestantes rejeitando a proposta apresentada pelo Governo Federal no último dia 19 de abril, que incluía reajuste salarial e reestruturação da carreira. Nesta terça-feira (23/4), os grevistas bloquearam a entrada da reitoria em protesto.
Em uma assembleia geral realizada na própria reitoria da Universidade Federal da Grande Dourados em março, os técnicos administrativos, que atualmente têm o menor salário entre os servidores públicos federais, recusaram a oferta do governo. Vale destacar que os professores da instituição optaram por não aderir à paralisação.
A greve, iniciada em 18 de março, faz parte de um movimento nacional que engloba técnicos administrativos de mais de 60 universidades pelo país, além de técnicos e professores dos Institutos Federais. Os grevistas não buscam apenas reajustes salariais, mas também a atualização do plano de carreira e mais investimentos na educação.
A categoria considerou a proposta do governo insuficiente, já que o reajuste oferecido para 2025 e 2026 não atende às demandas essenciais dos trabalhadores, deixando de corrigir a defasagem salarial acumulada ao longo dos anos, que ultrapassa os 30%. Além disso, a reestruturação da carreira só seria implementada em 2026, e outros itens importantes foram deixados de fora da proposta.
O movimento grevista destaca que já obteve sucesso, visto que, antes do início da greve, a proposta do governo não incluía nenhum reajuste salarial.