O curso de Design de Interiores da UNIGRAN realizou, entre os dias 18 e 20, a sua Jornada Acadêmica. Com o tema ‘Profissão Designer 4.0: da criação à experiência”, o evento teve o objetivo de colocar os acadêmicos em contato com as tendências do mercado de trabalho, abordando temáticas relativas à evolução da profissão e seus desafios.
Durante a jornada, os acadêmicos e profissionais inscritos puderam participar de oficinas e palestras, sobre diversos temas dentro da profissão.
A coordenadora do curso, Nathieli Keila Takemori Silva, explicou que o tema foi escolhido devido à evolução da comunicação, que é denominada ‘Comunicação 4.0’. “Nós estamos retornando às origens do pensamento afetivo, da sensibilidade humana nas profissões. É por isso que escolhemos esta temática”, comentou.
Para ela, a comunicação e o design estão atrelados, através do ouvir, do projetar e do traduzir os pensamentos e ideias em ambientes. “É importante colocarmos para o acadêmico que não basta simplesmente um desenho bonito, aquilo tem que ter uma funcionalidade, ele tem que ter uma razão de ser para o cliente. Então, é mais do que necessário que o aluno entenda o papel dele de comunicador dentro da profissão. Nós temos essa função de traduzir, de escrever histórias através de ambientes decorados, através de paisagismo, de trazer a experiência. Não basta somente criar algo, temos que proporcionar uma experiência para o usuário, e essa é a sensibilidade que os robôs não têm”, assegurou Nathieli.
E, para complementar o tema e trazer esta discussão para a jornada, o curso convidou a jornalista, designer de interiores e ex-apresentadora do programa ‘Você Renova’ do canal Discovery Home&Health Brasil, Eva Mota. Ela ministrou a palestra ‘Design e Comunicação Social’.
“Para mim, Design de Interiores também é fazer comunicação, também é expressar, expressar mensagens, expressar as ideias, expressar as vontades, emoções das pessoas que contratam a gente, então, para mim, é um tema que sempre está muito ligado um com o outro, na verdade, que não se dissocia, está sempre muito junto”, completou a palestrante.
Eva se formou há 10 anos na Escola Baiana de Arte e Decoração, e, desde então, viu a profissão crescer e se modificar. “Eu fico muito esperançosa, muito contente a cada ano que passa quando vejo mais escolas de níveis superiores, as universidades, as faculdades, trazendo design de interiores para formação, para o maior desenvolvimento, a maior capacitação, maior reconhecimento também, e não só maior reconhecimento, como conhecimento da sociedade em relação a essa função, porque sempre fica uma confusão, uma mistura sobre as atribuições de um designer de interiores”, disse.
Como uma profissão em constante ascensão, Eva Mota sugeriu que os acadêmicos de Design de Interiores experimentem todas as áreas possíveis do curso, para estarem mais preparados para o mercado de trabalho e saberem, de uma forma mais assertiva, em qual segmento irão trabalhar.
“Experimentar o que se encaixa melhor, eu acho que vai chegar no mercado de trabalho com mais tranquilidade. Eu vim de áreas ditas diferentes, que seria o jornalismo, mas eu
trouxe isso para o design de interiores para a minha prática do trabalho. Então, se eu puder dar uma dica, é que os estudantes experimentem áreas que eles têm curiosidade, mesmo que de forma gratuita, trocar trabalho, para obter uma experiência, para ir tateando esse mercado antes de entrar de vez nele”, apontou a palestrante.