Na quarta-feira (14), uma comitiva formada pelo governador Eduardo Riedel e os secretários de Governo, Rodrigo Perez e de Desenvolvimento e Inovação, Jaime Verruck cumpriram uma extensa agenda no Uruguai.Na capital Montevidéu, eles se reuniram com o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou para tratar da hidrovia Paraguai-Paraná.
Além disso, eles conferiram o embarque de minério de ferro, produzido em Corumbá pela LHG Mining. A missão marca um passo importante na diplomacia e nas relações entre Mato Grosso do Sul e o País vizinho, simbolicamente conhecido como a Suíça da América do Sul.
Perez, está convencido de que um dos desafios do Estado é acelerar novos modais de transporte, bem como aperfeiçoar os já existentes, aumentando as opções para que MS consiga escoar a produção agrícola, a matéria-prima da celulose, além do minério de ferro, extraído da região pantaneira.
O secretário considera fundamental o trabalho de aproximação do Governo com outros países, como o Uruguai, para o processo de industrialização de Mato Grosso do Sul. “Certamente, é essencial avançar nessas questões de transporte, especialmente em um cenário de crescimento consistente. O transporte eficaz é fundamental para a mobilidade de pessoas e mercadorias, impactando diretamente a economia, a qualidade de vida e a sustentabilidade no Estado”, destacou Rodrigo.
As barcaças carregadas de minério de ferro que partem de Corumbá com destino à Nova Palmira, no Uruguai, representam uma importante rota de exportação para o Brasil. Após saírem do porto, essas embarcações navegam pela hidrovia Paraguai-Paraná, um sistema fluvial que conecta diversos países da América do Sul, facilitando o transporte de cargas pesadas como o minério de ferro.
A escolha da hidrovia como meio de transporte é estratégica, pois permite um tráfego mais eficiente e, muitas vezes, mais sustentável em comparação com o transporte terrestre. Além disso, essa rota contribui para o desenvolvimento econômico da região, criando empregos tanto na extração quanto na logística do minério.
O secretário Jaime Verruck afirma que constatou uma inovação na área do uso da hidrovia. “Foi importante estarmos aqui inclusive com agentes do Governo Federal, a Antaq e a Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, que tem todo um planejamento”, disse Verruck.
“A grande discussão que nós temos é a logística, como retirar este minério de maneira competitiva para atingir os mercados internacionais, especialmente a Europa e a China que são os grandes destinos. Houve mais de R$ 5 bilhões de investimentos nos últimos três anos na área da mineração, em Corumbá e Ladário, o que praticamente triplicou a produção”, revela o secretário.
O crescimento do número de empregos é um indicativo positivo do desenvolvimento econômico e da expansão dessas operações no Brasil, Paraguai e Uruguai. Além disso, o tempo de transporte, que varia de 50 dias para a Europa a 80 dias para a China, reflete a complexidade logística envolvida na exportação de produtos. O aumento da capacidade de vagas de trabalho, aliado a um planejamento logístico eficaz, pode contribuir para o fortalecimento da posição do Brasil e dos países vizinhos no comércio global.
Além da comitiva sul-mato-grossense, o secretário nacional de Hidrovias e Navegação do Ministério dos Portos e Aeroportos, Dino Batista e o diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Eduardo Nery, acompanharam o trabalho de embarque no Uruguai.