Alex Fraga
Após percorrer 10 cidades do interior do Mato Grosso do Sul com a turnê “Viola para o Mundo”, o multi-instrumentista Marcos Assunção estará encerrando seu projeto com seu show na próxima terça-feira (31), às 20 horas no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande com entrada gratuita. Seu trabalho envolve desde o jazz, chorinho, bossa nova e música caipira. O público poderá doar alimentos que serão destinados para várias entidades filantrópicas. O artista também lançará três livros de sua autoria intitulados: “Viola Brasileira Volume I, II e III”.
Esse projeto envolve música, literatura e ensino, onde levou shows para universidades sua música, livros e um curso online direcionado na viola caipira. A turnê teve início no dia 26 do mês passado no polo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul de Coxim. Posteriormente passou por Ponta Porã, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Corumbá, Aquidauana e encerra agora no campus de Campo Grande. Todas as apresentações contaram com as participações dos músicos Felipe Castro e Jonathan Marques.
Na apresentação desta terça-feira, no Glauce Rocha, Marcos Assunção terá a participação especial do renomado percussionista baiano Marco Lobo, um dos principais multi-instrumentistas do país. Iniciou sua carreira em Salvador (BA) e há mais de 30 anos reside no Rio de Janeiro. Já trabalhou com diversos artistas consagrados do Brasil como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Marisa Monte, João Bosco, Vanessa da Mata entre outros. Marco Lobo é compositor, pesquisador de sons e ritmos e criador de instrumentos que acrescentam à sua música timbres artesanais e vibrantes. Seu repertório se concentra no material dos discos do músico unindo composições de Widor Santiago, Kiko Continentino e Gastão Villeroy, além de clássicos de Milton Nascimento, passeando pelo jazz, maracatú, samba, baião e balada.
OUTRAS PARTICIPAÇÕES – Além de Marco Lobo, o show contará também com as participações especiais do já conhecido pelos sul-mato-grossenses, baterista Sandro Moreno. Ele foi vencedor do Batuka Music Festival e acompanhou grandes nomes da música como Zé Ramalho, Almir Sater, Tetê Espíndola, Dani Black, Jorge Drexler (Uruguai), Kadosh (França), Breeze Rodio (Chicago), Guy King (Chicago), Guilherme Rondon, Paulo Simões, Filhos dos Libre, Urbem entre outros.
Outra participação será de Fernando D’Andréa, compositor e poeta. Ele tem parceria com vários nomes importantes da música e literatura, como com o poeta Manoel de Barros, Ivan Vilela, Gabriel Sater, entre outros. È professor de literatura e artista visual, além de atualmente desenvolver o projeto “Caipiracidade” com o próprio multi-instrumentista Gabriel Assunção.
Os dois músicos que acompanharam o artista nas 10 cidades do interior e tocarão em Campo Grande têm um também um currículo invejável. Felipe Castro é instrumentista e produtor musical, Já tocou com Almir Guineto, Rosa Maria Passos, José Augusto, Jorge Vercillo, Guilherme Rondon, Bibi do Cavaco, Juci Ibanez, Jads e Jadson, João Neto e Frederico, entre outros. Já Jonathan Gonçalves é baterista e também já tocou com inúmeros artistas do Mato Grosso do Sul e é considerado uma das grandes revelações dos últimos anos no Estado.
Marcos Assunção – Multi-instrumentista e compositor, Marcos Assunção é campo-grandense e nasceu em 1977. Aos 7 anos começou a tocar na banda marcial da escola e aos 13 iniciou seus estudos com violão e guitarra. O encontro com a viola caipira foi por influências de seu avô Duarte Assunção, motivo pelo qual adotou o sobrenome artístico em homenagem a ele. Jazz, Choro, Bossa Nova, Erudita, Caipira e Regional são suas
principais influências musicais. É graduado em música pela UFMS e tem pós-graduação em Educação Musical.
O músico já dividiu palco com grandes nomes, como Gary Willis (USA), banda espanhola nipônica ST Fusion (Espanha), Arthur Maia, Roberto Correia e Ivan Vilela. Recebeu o Prêmio Nacional do Projeto Pixinguinha e Prêmio Produção (Funarte) ao lado do violeiro Gabriel Sater. Lançou seu primeiro CD no ano de 2009, chamado Tô Chegando e em 2011 gravou seu segundo intitulado Eu, Viola e Eles. Já esteve no Chile e Espanha, destacando-se no Festival na Universidad de Antofagasta, Festival Tensamba em Madri e Barcelona, Festival de Jazz em La Laguna – Tenerife Norte e no II Ciclo de Guitarras nas Ilhas Canárias, em Gran Canária. Foi convidado para participar do Brazilian Songbook Internation, pela Funarte, além de ter participado do programa “Revoredo” da USP (Universidade de São Paulo). Ele criou através da Luthier Gustavo Crespe, um instrumento singular no qual fez a união da viola brasileira e o violão sete cordas inspirado nos modelos de guitarras double neck
O projeto “Viola para o Mundo” está sendo realizado através do incentivo do Fundo de Investimentos Culturais (FIC), da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), do Governo do Estado de MS e apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.