A prefeitura de Ponta Porã, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Esporte, Cultura e Lazer, realizou a terceira Escuta Pública da Pnab (Politica Nacional Aldir Blanc) que reuniu artistas, produtores, coletivos e associações culturais dos segmentos de Artes Plásticas, Artesanato, Audiovisual, Arte Cênica, Arte urbana, Cultura Popular, Dança, Patrimônio Histórico, Literatura, Música e Fotografia.
O encontrou foi no dia 14 de maio, no auditório da prefeitura, e o primeiro a falar foi o gerente de Cultura, Éder Rubens, que apresentou como pauta principal as orientações e normas da Política Nacional Aldir Blanc, quais os critérios para distribuição dos recursos aos municípios, valor destinado a Ponta Porã distribuídos nas metas previstas no Plano de Ação aprovado pelo Ministério da Cultura.
Eder Rubens destacou ainda a importância da participação efetiva dos fazedores de cultura através da escuta pública, responsável em nortear a elaboração do PAR (Plano Anual de Recursos) e os Chamamentos Públicos previstos na Lei Aldir Blanc.
“É fundamental ouvir nossos fazedores de cultura, para que possamos entender o cenário atual da nossa produção cultural em suas várias linguagens e juntos pensarmos a distribuição dos recursos de forma democrática e descentralizada, por meio do chamamento público planejado que possa atender as demandas existentes” explicou Eder.
Em seguida foi aberta a fala aos fazedores de cultura de cada segmento para que pudessem sugerir e opinar a respeito da distribuição e aplicação dos recursos nas metas previstas e dúvida relacionadas a Lei Aldir Blanc 2.
O artista plástico Júlio Cezar Alvarez sugeriu ações que fortaleçam a constante integração sócio cultural da fronteira. “É importante pensar editais que permitam por meio de intercâmbio cultural entre brasileiros e paraguaios, que consolide a necessária integração dos dois povos através das diversas manifestações artísticas existentes” disse.
A cantora Carol Uchelli comentou a importância de contemplar artistas do segmento musical que produzem um trabalho efetivo e necessitam de apoio para gravação de DVD ou algo que promova a cena musical de Ponta Porã. “Espero que a elaboração do plano para editais pense no segmento musical que possui inúmeros artistas e muitas vezes não conseguem tanto apoio para consolidar o seu trabalho e os recursos da lei Aldir Blanc é fundamental”.
A artesã Vilma Nunes do Coletivo Amigos da Arte, lembrou do significativo crescimento do segmento de artesanato e que a ampliação de feiras, mostras e oficinas de capacitação voltados para impulsionar o setor seria de suma importância com os recursos da lei Aldir Blanc 2.
A artesã Simone Dorneles, reforçou a necessidade de contemplar projetos que incentivem a pesquisa de material oriundos dos povos originários, típico da região da fronteira como a folha de bananeira. “É uma forma de valorizar a cultural local, pesquisando material que possa servir para produção do nosso artesanato valorizando a nossa cultura” pontuou.
Na oportunidade, também foram apresentadas propostas que fortaleçam acessibilidade e valorize artistas e público especial, integre arte, cultura e o setor de inovação, projetos de valorização e preservação da história e memória de Ponta Porã, economia criativa, audiovisual dança e fotografia.
Eder Rubens, encerrou a escuta pública Aldir Blanc 2, enaltecendo a efetiva participação do segmento cultural que contribuiu com sugestões de projetos que darão o norte nos editais de chamamento público em Ponta Porã.
Ponta Porã realizou três escutas públicas da Pnab junto aos fazedores de cultura, sendo duas com artistas, associações e coletivos culturais da área urbana e uma no Assentamento Itamarati zona rural do município de fronteira.
Para ampliar as informações e atualizar o atual cenário da produção cultural de Ponta Porã, a Gerência de Cultura lançou o Mapeamento Cultural, fundamental para homologação e informações a respeito da produção cultural da fronteira.